quarta-feira, 15 de março de 2017

Sindicatos e movimentos sociais fazem paralisação em 25 estados e no DF em protesto contra a reforma da previdência e do trabalho


Trabalhadores de todas as categorias participam do Dia Nacional de Paralisação
A classe trabalhadora começou a ocupar as ruas de todo o país desde as primeiras horas desta quarta-feira, 15 de março, para um Dia Nacional de Paralisação. A data, que marca o início da greve geral dos trabalhadores da educação, será encorpada por diversas categorias de trabalhadores, como servidores públicos municipais, estaduais e federais; do transporte coletivo; metroviários; metalúrgicos; bancários, entre outros, e, ainda pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular, MST e MTST. Centrais sindicais e movimentos populares apostam no dia nacional de paralisação, para influenciar as votações no Congresso contra as propostas de reformas Trabalhista e da Previdência Social. 
No Congresso
(Foto: EXAME.com) Sessão da Câmara Federal

Enquanto isso, as reformas seguem em discussão na Câmara dos Deputados. Amanhã, quinta (16), às 9h30min, haverá novas reuniões da Comissão Especial que discute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de reforma da Previdência. Às 09h00, também se reúnem os parlamentares que analisam o Projeto de Lei 6.787, que propõe mudanças na legislação trabalhista. As centrais se dividem entre apresentar emendas e vetar integralmente os textos governistas. Ambas as propostas serão alteradas, tanto nas comissões como em plenário, afirma o analista política Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). "A reforma da Previdência, como está formatada, não passa no Congresso Nacional, nem na Câmara e nem tampouco no Senado. Como o governo pesou muito a mão quando elaborou a proposta, o Legislativo não terá como não fazer adequações, mudanças e aperfeiçoamentos no texto, pois se assim não fizer, os projetos eleitorais e reeleitorais dos congressistas estarão ameaçados", escreveu em artigo. Em relação ao PL 6.787, a avaliação é menos otimista. Para o assessor parlamentar, o texto será alterado para pior. "A PEC 287 é criticada por todos, da base do governo à oposição. A trabalhista não. Só a oposição faz críticas ao texto do governo. Isto é um indicativo objetivo que o projeto será 'turbinado' pela maioria da Câmara." Segundo Verlaine, a bancada empresarial no Congresso trabalha para tornar o projeto menos "tímido", citando definição do próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Protestos


Em Brasília, o ato iniciou na frente da Catedral, na Esplanada dos Ministérios, com concentração às 8h. Já em São Paulo, o protesto está marcado para as 16 horas, na frente do Masp, na Avenida Paulista. Apenas o estado do Mato Grosso do Sul não possui manifestações agendadas, segundo informações divulgadas pela CUT. Os protestos envolvem categorias dos setores de transportes, educação, estudantes, bancários, trabalhadores dos Correios, entre outros. 
*EXAME.com - Portal Terra.com

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