sábado, 17 de junho de 2017

ENTREVISTA DEMONSTRA QUE O PREFEITO DE COELHO NETO(MA) NÃO SABE LIDAR COM OS PROBLEMAS DO MUNICÍPIO

Foto: Reprodução.

A tão esperada entrevista do prefeito de Coelho Neto – MA, Américo de Sousa (PT), não passou de uma peça teatral mal ensaiada. Como sempre, o alvo foi o ex-prefeito Soliney Silva (PMDB), a quem o petista atribuiu todo o insucesso do seu (des)governo.

Durante uma hora, ele só falou de três temas:

Limpeza Pública: disse já ter melhorado a limpeza pública, mas não explicou por que os coletores de lixo estão há mais de 90 dias sem receber pagamento.

Entre gaguejos e devaneios, Américo disse coisa com coisa, culpou blogueiros, comerciantes e pessoas do povo pela calamidade que tem sido o a sua administração.

Saúde: A produção do programa usou pessoas anônimas para elogiarem um sistema de saúde que só existe na visão daltônica do prefeito e na miragem dos seus eleitores.

Segundo ele, recebeu a prefeitura - o que considerou uma herança maldita - com algumas obras inacabadas e sem dinheiro para concluí-las. Mais uma vez Américo faltou com a verdade. Ele sabe que são obras federais do PT e o repasse dinheiro é conforme a medição do serviço. Portanto, se as obras não foram concluídas, significa que o governo federal só pagou o que está feito.

Prosseguindo nesse tema, o patético prefeito afirmou ter recebido a Casa de Saúde em situação delicada: hospital completamente destruído e equipamentos abandonados em depósito.

Os equipamentos a que se referiu o petista realmente estavam num depósito porque foram adquiridos no final da gestão de Soliney Silva. E só não foram instalados porque não houve tempo.

Criticou as redes sociais, as quais, segundo ele, têm sido palco das críticas ao seu governo, destacando os blogs e o aplicativo whatsApp. E num discurso totalmente avesso ao que dizia nos programas radiofônicos e em palanques eleitorais, Américo admitiu não resolver tudo em meses. Tentou maquiar a secretária da saúde Cristiane Bacelar com uma imagem de boazinha, esforçada e educada. Segundo ele, Cristiane e sua equipe têm se desdobrado para melhorar a saúde pública.

Américo não esclareceu onde e como gastou os quase 8 milhões de reais que entraram nas contas da Saúde em apenas cinco meses. Vagueando o pensamento para encontrar palavras, passou a criticar a UPA, afirmando que aquela unidade foi inaugurada de forma eleitoreira, sem habilitação no MS e, por isso, que não recebe dinheiro do governo federal.

Ou o prefeito está muito desinformado ou então aposta na ignorância do povo.  

Com relação a UPA, o MS preconiza que o município coloque a unidade em funcionamento durante seis meses. Esse é o tempo estipulado para se avaliar a produção de atendimentos e, posteriormente ser habilitada para receber recursos federais.

Manifestou que a prefeitura vai proceder à contratação de exames e criticou o Centro de Imagem, que, segundo ele, não recebe dinheiro de nenhum órgão estadual nem federal.

Bem sabe o prefeito que o Centro de Imagem funcionava na gestão de Soliney Silva em parceria com a então governadora Roseana Sarney, o que foi postergado pelo governador Flávio Dino (PC do B).

Não falou se vai reativar o Centro de Imagem, o que poderia ser feito através da sua suposta relação de amizade com o governador comunista.

As queixas sobre o péssimo atendimento na Saúde Américo atribuiu a funcionários supostamente mal educados.

Hospital Ivan Rui: Disse que não prometeu reconstruir o hospital. Essa ideia é do seu opositor e ex-candidato a prefeito Luis Serra (PSDB). Afirmou que só pensou em realizar o sonho de Serra, por isto buscou a desapropriação. 

Na tentativa de apagar uma imagem de perseguidor, afirmou que buscou a desapropriação com base na Lei e no valor venal do imóvel. Prometeu não desistir da ideia de reerguer as ruínas do hospital Ivan Rui. “Vamos até o final. Eu tenho parceria com o governador Flávio para ajudar reformar e equipar o hospital de Coelho Neto”. 

O petista entrou em contradição quando disse que o município já tem condições de fazer, de forma imediata a reforma do Hospital, e que é prioridade absoluta. De onde veio o dinheiro, se no início da entrevista falou que não tem recursos para tocar a UPA e o Centro de Imagem? Conforme ele mesmo falou, para reerguer o hospital ele só tem a palavra do governador. E, palavras como sabemos, não constrói nem equipa hospital.

O prefeito não disse pra onde foram os quase quarenta milhões de reais que já entraram nos cofres da prefeitura desde o início de sua gestão. Também não falou das conturbadas licitações realizadas pelo seu governo e que vão beneficiar duas firmas de Vargem Grande com mais R$ 5,5 milhões.

A entrevista concedida por Américo de Sousa não passou de blá, blá, blá.

Em resumo: a hora da mudança ainda não chegou!

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