sábado, 8 de dezembro de 2018

VEREADOR DE COELHO NETO (MA) SUGERE COMISSÃO MISTA PARA CONVERSAR COM O GRUPO JOÃO SANTOS

Durante a sessão ordinária de quinta-feira (06), o líder do governo na Câmara, vereador Luiz Ramos sugeriu comissão mista, destacando sua preocupação para com a falta de pagamento dos trabalhadores e o futuro das empresas no município. 

Foto: diretoaoassuntocn

O Grupo empresarial João Santos, basicamente produtor do Cimento Nassau, e considerado um dos três mais importantes conglomerados do Nordeste, ao lado da Organização Odebrecht e do Grupo Queiroz Galvão, já anunciava a crise instaurada que, mais cedo ou mais tarde, resultaria na situação local. No entanto, o império do Grupo começou a andar mal das pernas há quase oito anos, na ocasião da morte do patriarca e presidente do conglomerado, João Pereira dos Santos.
foto: Reprodução
Para o município de Coelho Neto, que tinha nos investimentos do grupo João Santos uma das suas principais fontes de riqueza em sua economia, a decadência do Grupo representa incomensurável prejuízo, sistematicamente: aos trabalhadores ativos, devido o pagamento em atraso; aos demitidos que até o momento não viram a cor dinheiro das indenizações, ao município porque se aproveitou da isenção fiscal e não honrou a contrapartida e ao meio ambiente porque explorou a flora, comprometeu a fauna e degradou nascentes pluviais.
Foto: Reprodução

Hoje, o clã legatório do grupo está mais centrado no inventário de bens deixados pelo patriarca João Santos do que em honrar suas responsabilidades trabalhistas e fiscais.
Informações dão conta de que empresas que compõem o grupo devem ao governo federal cerca de 80 milhões de reais e ao governo do Maranhão outros 40 milhões. Isto sem adicionar o débito para com os trabalhadores locais!
O assunto foi a tônica dos debates na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Coelho Neto depois que o vereador e líder do governo Luís Ramos, respaldado na Lei de Isenção Fiscal, específica ao Grupo João Santos, aprovada em 2006.
O parlamentar do PSD chamou a atenção de seus pares para o fato de que a Lei continua em vigor, cabendo, portanto, uma intercessão do Poder Legislativo municipal.
Ele sugeriu a composição de uma comissão mista com vereadores, sindicalistas, membros do executivo local e da imprensa para uma reunião com representantes das empresas, como tentativa de extrair daquele grupo empresarial suas reais intenções para como a solução dos problemas, sob pena da adoção de medidas eventuais, em conformidade com a referida Lei. “Sugiro que a reunião aconteça antes da eleição da Mesa Diretora dessa Casa. Se não for possível a formação da comissão mista, eu irei buscar as devidas respostas pessoalmente, mas os trabalhadores e a sociedade não ficarão sem resposta”, disse Luiz Ramos enfaticamente.
Depois de ser aparteado pela maioria dos vereadores presentes, Luiz Ramos ouviu do presidente da Casa Osmar Aguiar palavras de apoio à sua iniciativa, às quais acrescentou que o grupo empresarial deve acumular, inclusive, débitos na receita do Maranhão com relação ao transporte de matéria prima para outros estados.

A notícia de que quase 400 trabalhadores foram demitidos sem  ver a cor do dinheiro das indenizações já mobiliza os bastidores do legislativo municipal, no sentido de que a Comissão Mista se reúna com representantes do grupo, no máximo, até a próxima segunda-feira.
A comissão mista será criada nos próximos dias e contará, inclusive, com a presença d presidente Osmar Aguiar.

Com a colaboração de Elias Lacerda.



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