quarta-feira, 14 de março de 2012

VEREADORA IMPEDE MANOBRA DE PREFEITO



VEREADORA IMPEDE MANOBRA DE PREFEITO

Na maioria dos municípios brasileiros as Câmaras de vereadores funcionam como meras secretarias a serviço de administrações suspeitas. Pra começar, os presidentes dessas Casas Legislativas são geralmente eleitos por interesses dos prefeitos, que custeiam a compra de votos de modo a garantir, não só a maioria a seu favor, mas, também, esses parlamentos de olhos fechados para os seus desmandos. Um exemplo disso está no município de Buriti – MA. Dos 9 vereadores, 7 apóiam o prefeito. Desta forma fica fácil aprovar as matérias que nem sempre interessam ao povo. Aconteceu na última sexta-feira, 9 de março, em que essa maioria aprovou Projeto de Lei autorizando o Poder Executivo contratar pessoal em caráter excepcional. O fato é repetitivo. Essa prática de Mourão é comum em períodos eleitorais. Esta é forma que ele encontrou para empregar pessoas em troca de favorecimento político. O curioso é que a vereadora de oposição Aurilânia Barros - PSDC, segundo informou a sua assessoria, foi a única a receber cópia desse projeto. E isto na noite de quinta-feira! Na manhã de sexta-feira foi votado e aprovado. Tudo muito rapidinho e dentro dos “conformes”, como determinou o patrão. Mas, dessa vez Neném Mourão se deu mal. A vereadora Aurilânia Barros usou a Tribuna da Câmara para exigir a realização do Concurso Público, esclarecendo que o Projeto de Lei, então aprovado, era inconstitucional. Na manhã da mesma sexta-feira o Edital do concurso foi publicado. Isto significa que tudo estava preparado, ou seja: Se ninguém se manifestasse contra o Projeto de Lei o concurso não aconteceria. Aurilânia, porém, vigilante aos interesses da população e solidária aos que se dedicam aos estudos aguardando oportunidades dessa natureza, levantou a voz e o concurso vai finalmente acontecer. No passado Neném Mourão tentou forjar a realização de um Concurso. Publicou o Edital na calada da noite, na tentativa de regularizar apenas os empregos de seus apaniguados. A falcatrua foi descoberta e denunciada ao Ministério Público. Este, por sua vez, pediu a anulação do ato deslavado de Mourão.   

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