Alunos e funcionários são liberados sob pretexto de análise de alinhamento de projeto pedagógico.
Na cidade de Duque Bacelar, um feriado forçado surpreendeu a comunidade escolar nesta terça-feira, 17.
Com a justificativa de uma suposta "análise do projeto político pedagógico", alunos e funcionários das escolas municipais e estaduais foram liberados de suas atividades. No entanto, a verdadeira motivação para o fechamento das instituições de ensino parece ter sido um ato político organizado pelo prefeito.
Até escolas do Estado foram fechadas
A decisão, comunicada às pressas, gerou indignação entre pais e responsáveis, que questionam o uso da estrutura pública para fins políticos. Em vez de se dedicarem à rotina escolar, estudantes e trabalhadores foram incentivados a comparecer ao evento promovido pela administração municipal.
O ato, realizado em praça pública, contou com a presença de líderes políticos locais e discursos exaltando a atual gestão, o que acendeu o debate sobre a ética no uso de recursos e espaços educacionais para promover interesses particulares.
O Ministério Público não foi acionado por entidades da sociedade civil para apurar a legalidade da suspensão das aulas. Segundo especialistas, a prática fere princípios constitucionais que garantem a neutralidade política nas escolas.
Em resposta às críticas, a prefeitura defendeu a ação, afirmando que o ato faz parte de um programa de "aproximação entre gestão pública e comunidade", sem, no entanto, explicar a necessidade de cancelar as atividades escolares.
A população aguarda respostas das autoridades sobre as medidas que serão tomadas, enquanto o episódio reacende discussões sobre o limite entre o poder político e o ambiente educacional.
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