O brutal assassinato do jovem locutor Edinho, do Supermercado Mateus, abalou profundamente a população local, reacendendo um debate urgente e necessário sobre a Segurança Pública.
O crime inexplicável, cometido em plena luz do dia, é um grito de alerta sobre a vulnerabilidade das nossas ruas e a insegurança que atinge pais, mães, jovens e trabalhadores de bem.
Em momentos como esse, o que se espera de qualquer liderança — passada ou presente — é equilíbrio, empatia e compromisso com soluções reais. Lamentavelmente, o que se viu em redes sociais e grupos de WhatsApp foi a tentativa de transformar o luto coletivo em palanque político. Mensagens como "Se em 90 dias não tomarem nenhuma atitude concreta só nos resta ir para às ruas pedir segurança para nossas crianças nossos familiares. Ninguém aguenta mais" e "Podem contar comigo com assessoria jurídica com estrutura para os protestos e minha presença", ainda que revestidas de aparente preocupação, revelam uma nítida intenção de explorar a dor alheia com viés eleitoreiro.
É legítimo e necessário que a população cobre providências. Segurança Pública precisa, sim, de investimentos concretos, ações pontuais e duradouras, e de uma política estadual integrada que enfrente o problema com seriedade. Mas é inaceitável que alguém que sequer reside mais na cidade — que acompanha os acontecimentos apenas por terceiros — tente se passar por defensor da comunidade apenas quando há comoção social. Essa prática desrespeita a dor das famílias, expõe instituições que estão em funcionamento e, principalmente, fragiliza o processo de reconstrução da confiança entre poder público e sociedade.
A hora é de unir forças. De prefeitos, vereadores, representantes estaduais, polícias, Justiça e, claro, da população, para cobrar ações concretas sem perder de vista o respeito, o equilíbrio e a responsabilidade. O momento exige empatia, não ambição. Exige cooperação, não discursos vazios. E, sobretudo, exige que deixemos a politicagem de lado para abraçar, juntos, a luta por uma cidade mais segura para todos.
A dor do assassinato do jovem locutor não pode ser instrumentalizada. Ela deve ser transformada em força coletiva para mudar a realidade — com seriedade, justiça e compromisso com a verdade.
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