Escolhas questionáveis expõem falta de critérios éticos na condução política do grupo oposicionista.
Coelho Neto vive um momento que exige reflexão por parte da população, principalmente no que diz respeito aos caminhos que alguns setores da oposição têm escolhido trilhar. Recentemente, o grupo oposicionista local — cada vez mais conhecido como os “Frustrados” — anunciou apoio ao pré-candidato a deputado federal Erlânio Xavier, ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da FAMEM (Federação dos Municípios do Maranhão).
O que deveria representar um fortalecimento político revela, na verdade, um perigoso sinal de descuido com os princípios éticos e morais que deveriam nortear qualquer aliança política. Erlânio Xavier tem um histórico público que inspira preocupação. Em 2022, teria protagonizado uma cena lamentável que beirou o faroeste: após críticas feitas pelo ex-prefeito Bredo, Erlânio, então prefeito de Igarapé Grande, reagiu com ameaças de violência, chegando a convidar o adversário para uma troca de tiros.
Segundo áudios divulgados por um blog da capital maranhense, Erlânio teria dito: “Eu sou homem pra tu, moleque, toda hora que tu pensar, ficha suja. Tu não foi candidato porque tu era ficha suja, seu pilantra. Sou homem pra tu qualquer hora que tu quiser dentro de Igarapé Grande, na hora que tu quiser. Tu é um moleque Bredo. Sou homem para tu qualquer hora, quer ver tu me chama, pra ver se eu não vou pra rua, trocar tiro contigo, onde tu quiser.”
A gravidade das declarações, além de inaceitável sob qualquer ponto de vista democrático, revela um comportamento explosivo e incompatível com o cargo que pretende ocupar.
Para agravar ainda mais a situação, outro fato recente coloca em xeque o ambiente político que cerca o ex-prefeito. No último domingo (06), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, o atual prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier — sobrinho de Erlânio — foi apontado como suspeito de ter executado a tiros um policial militar conhecido como "Dos Santos". A investigação ainda está em andamento, mas o episódio, somado ao passado polêmico de Erlânio, acende um alerta sobre a influência política desse grupo.
O apoio declarado da oposição de Coelho Neto a um nome com esse histórico revela que o interesse não é coletivo nem compromissado com o futuro da cidade, mas sim movido por conveniências pessoais e cálculos políticos de ocasião.
É dever da população coelhonetense refletir sobre o tipo de liderança que deseja para representar a cidade em instâncias superiores. As alianças políticas devem ser construídas com base na ética, na trajetória limpa e no compromisso real com o bem-estar social, e não em arranjos que ignoram o histórico preocupante de quem pleiteia cargos de responsabilidade pública.
Coelho Neto merece mais. Merece líderes que inspirem confiança, que promovam a paz, o diálogo e o respeito — não aqueles que tratam a política como território de confronto pessoal. O futuro da cidade está em jogo, e cada cidadão tem o direito (e o dever) de observar com atenção os sinais do presente.
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