VEREADORES VOTAM MATÉRIA MAL EXPLICADA
Vereadores votam PL às pressas para evitar agravamento do desgaste político |
A Câmara de vereadores de Coelho Neto aprovou na sexta-feira, 3, o PL que
trata da regulamentação do funcionamento do comércio local. A aprovação se deu
sem emendas e sem mais debates em torno desse mal explicado projeto. Por
exemplo, não se sabe como fica o funcionamento aos feriados, nem como fica a
situação dos comerciários, até então com seus direitos trabalhistas
prejudicados. Aliás, de forma generalizada, os direitos trabalhistas são
reflexo direto das transformações no mundo do trabalho, ligadas diretamente ao
sistema econômico de produção, que passa por profundas transformações de
natureza econômica, social, política e institucional. Os trabalhadores tornaram-se
submissos às condições implementadas pela burguesia, detentora dos meios de
produção e riqueza O contexto é de um empregado frágil, sem força para exercer
a sua liberdade de coalizão e sem expressividade política. O cômico em tudo é o
que vazou dos bastidores do legislativo municipal: no início, diziam se tratar
de um projeto da autoria do presidente Antônio Pires. Depois que a matéria se
transformou em desgaste político, passaram a jogar a culpa no prefeito. Atitude
típica do chamado “fogo amigo”. Na verdade, o que faltou aos “nobres edis” foi
conhecimento de causa.
Nesse mister, há que se levar em conta a situação dos comerciários.
A classe trabalhadora, para lutar por suas reivindicações e direitos, sofreu e
sofre perseguições, retaliações. No caso dos comerciários, nada mais
justo do que incentivá-los à organização sindical. E, mesmo assim, o sindicato
sozinho não tem condições de mudar os conflitos existentes na relação
capital-trabalho. Portanto, deve juntar-se a outros atores sociais a fim de
construir um elo de cooperação entre eles, para juntos poderem encontrar
respostas eficazes aos desafios do trabalho e criar condições para uma boa
gestão da nossa economia, sempre com o compromisso de assegurar o pleno
respeito às normas de trabalho e do trabalho digno. O certo é que a aprovação
da matéria não vai resolver coisa alguma! Mas, de uma coisa estejamos certos:
já contribuiu o bastante para macular, ainda mais, a imagem daquele poder.
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