As transferências de recursos para Coelho Neto
caíram 17,6 %, ficando acima da média que é de 15,7%. No período de janeiro a
novembro, o município teria deixado de arrecadar R$ 13.113,315,40.
Na
esteira da crise econômica que atinge o governo federal e os Estados, as
cidades do país amargam queda significativa na arrecadação de impostos e
passaram a cortar investimentos e enxugar gastos.
Segundo
a Confederação Nacional dos Municípios, outro "grande vilão" das
prefeituras é o corte nos repasses da União. Entre as 50 cidades maranhenses
pesquisadas, 44 (incluindo Coelho Neto) registraram queda nas transferências
intergovernamentais.
A
despesa no município é diferente daquela da União porque é 'incomprimível'. Não
pode deixar de dar merenda escolar, tirar o lixo da rua ou fornecer remédio.
Não pode fazer o que a União está fazendo: não pagar ninguém, atrasar programas.
As
transferências às cidades caíram, em média, 15,7%. Com a falta de verbas, um
dos principais alvos dos cortes são os investimentos (aplicação de recursos em
obras ou aquisição de equipamento e instalações), que caíram 16% nesses 50
municípios.
ECONOMIAS
Foto: Repodução |
Para
fechar as contas, prefeituras têm buscado fazer cortes. Em Coelho Neto, o
prefeito Américo de Sousa/PT, a exemplo das outras 49 cidades, num ato de
coragem, teve que se expor para encarar os problemas conjunturais do município.
A prefeitura registrou, em 2017, arrecadação tributária 17,6% menor. Segundo a CNM,
a diminuição acontece, sobretudo, pela queda na arrecadação do ISS, a principal
fonte do PIB local, cuja cobrança caiu de 5% para 3%.
Segundo
a Confederação Nacional dos Municípios, esse tipo de iniciativa se tornou comum
pelo país. A entidade fez uma enquete respondida pelas prefeituras pesquisadas
em que a maioria diz que precisou cortar funcionários, por exemplo.
Embora
as despesas correntes, que incluem gastos com pessoal, juros da dívida e
custeio, tenham caído na maioria desses municípios, os gastos com salários
ainda ultrapassam o que a Lei de Responsabilidade Fiscal chama de
"alerta" (48,6%) ou de "prudencial" (51,3%) detectado em 21
das 50 localidades.
Quatro
delas superam o "limite máximo" (54%). Coelho Neto atingiu os 61,3%. A
campeã é São Roberto, no oeste do Estado, que gasta 63,8% de sua receita
corrente líquida com pessoal.
Foto: Reprodução |
Segundo
a assessoria da prefeitura, o prefeito Américo assume o desgaste político como
consequência dos cortes financeiros que teve que fazer. Porém, estaria
preparado para a retomada de investimentos a partir do segundo trimestre do ano
que vem.
Américo
de Sousa está atento à abertura do orçamento da União e do Estado, o que vai
acontecer a partir de março de 2018.
Colaboração: Felipe Bächtold.
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