MA: CLIMA TENSO NO POVOADO PIRANHAS! Reunião de pequenos agricultores pode ser o início de mais um litigio agrário em Coelho Neto.
Policiais do 44° Batalhão da PMMA estiveram no local, a convite dos organizadores da reunião.
A Associação Comunitária São Francisco, dos pequenos agricultores do povoado Piranhas, à margem da MA-034, reuniu seus associados para deliberarem sobre o caso envolvendo uma área de 24 hectares, de onde os associados tiram a subsistência, há mais de 30 anos, sem oposição do proprietário.
Durante a reunião, os associados foram informados de um suposto complô entre o Grupo João Santos e um pecuarista, para expulsarem os pequenos agricultores da área.
Curiosamente, o pecuarista seria mesmo um ex-deputado estadual e marido de uma pré-candidata a prefeita de Coelho Neto.
A área, segundo a Associação, possui várias nascentes de água que alimentam o Riacho Piranhas, afluente do Rio Parnaíba.
Há pouco menos de um mês, os agricultores foram surpreendidos com a construção de cerca na área. Informações preliminares davam conta de que a cerca estaria sendo construída por trabalhadores contratados pelo pecuarista. Porém, a gerência do Grupo João Santos na cidade teria informado que a iniciativa seria do proprietário, a fim de evitar invasões.
Segundo as últimas informações, o proprietário da área teria firmado uma espécie de conluio com o pecuarista arrendatário, assumindo a responsabilidade pela construção da cerca, para amortecer suposto desgaste político ao pecuarista e sua esposa, pré-candidata.
Diante desse provável acontecimento, os trabalhadores resolveram ir a fundo na questão e lutarem pelo direito de posse e preservação ambiental da área, até então explorada por eles de maneira racional.
O blog teve acesso ao mapa da área, indicando os locais exatos das nascentes e da área cultivada.
Depois de considerar truculenta a maneira pela qual o grupo João Santos estaria lidando com a questão, a assembleia dos pequenos agricultores deliberou pela continuidade da luta, pacífica e democrática, em prol da permanência deles na área.
Uma comissão desses trabalhadores vai levar o caso ao Ministério Público, para que tome as providências no que tange o direito de permanecerem e sobreviverem na gleba. O pedido de "socorro" ao MPE deve acontecer nos próximos dias.
Estamos de olho!
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