O Grupo empresarial João
Santos, basicamente produtor do Cimento Nassau, e considerado um dos três
mais importantes conglomerados do Nordeste, ao lado da Organização
Odebrecht e do Grupo Queiroz Galvão, já anunciava a crise instaurada
que, mais cedo ou mais tarde, resultaria na situação local. No entanto, o
império do Grupo começou a andar mal das pernas há quase oito anos, na ocasião
da morte do patriarca e presidente do conglomerado, João Pereira dos Santos.
foto: Reprodução |
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Hoje, o clã legatório do grupo está mais centrado no inventário de bens deixados pelo patriarca João Santos do que em honrar suas responsabilidades trabalhistas e fiscais.
Informações dão conta
de que empresas que compõem o grupo devem ao governo federal cerca de 80
milhões de reais e ao governo do Maranhão outros 40 milhões. Isto sem adicionar
o débito para com os trabalhadores locais!
O assunto foi a tônica dos debates na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Coelho Neto depois
que o vereador e líder do governo Luís Ramos, respaldado na Lei de Isenção
Fiscal, específica ao Grupo João Santos, aprovada em 2006.
O parlamentar do PSD
chamou a atenção de seus pares para o fato de que a Lei continua em vigor, cabendo,
portanto, uma intercessão do Poder Legislativo municipal.
Ele sugeriu a
composição de uma comissão mista com vereadores, sindicalistas, membros do
executivo local e da imprensa para uma reunião com representantes das empresas,
como tentativa de extrair daquele grupo empresarial suas reais intenções para
como a solução dos problemas, sob pena da adoção de medidas eventuais, em
conformidade com a referida Lei. “Sugiro que a reunião aconteça antes da
eleição da Mesa Diretora dessa Casa. Se não for possível a formação da comissão
mista, eu irei buscar as devidas respostas pessoalmente, mas os trabalhadores e
a sociedade não ficarão sem resposta”, disse Luiz Ramos enfaticamente.
Depois de ser aparteado
pela maioria dos vereadores presentes, Luiz Ramos ouviu do presidente da Casa
Osmar Aguiar palavras de apoio à sua iniciativa, às quais acrescentou que o
grupo empresarial deve acumular, inclusive, débitos na receita do Maranhão com
relação ao transporte de matéria prima para outros estados.
A notícia de que quase 400 trabalhadores foram demitidos sem ver a cor do dinheiro das indenizações já mobiliza os bastidores do legislativo municipal, no sentido de que a Comissão Mista se reúna com representantes do grupo, no máximo, até a próxima segunda-feira.
A notícia de que quase 400 trabalhadores foram demitidos sem ver a cor do dinheiro das indenizações já mobiliza os bastidores do legislativo municipal, no sentido de que a Comissão Mista se reúna com representantes do grupo, no máximo, até a próxima segunda-feira.
A comissão mista será criada nos próximos dias e contará, inclusive, com a presença d presidente Osmar Aguiar.
Com a colaboração de Elias Lacerda.
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