quinta-feira, 11 de julho de 2019

MA: EX-PREFEITO DE COELHO NETO É DENUNCIADO NA JUSTIÇA DO TRABALHO

FOTO: internet


Na opinião de muitos, o ex-prefeito Soliney Silva seria do tipo que só o compra quem não o conhece. 

Para chegar ao poder ele se transforma em “pai da pobreza”, homem de “coração puro”, “salvador da pátria”, “solidário”, “transparente”, “gestor inquestionável”, “amigo de Sarney”, “bom pagador”, “honesto” e “líder invejável!”.

Como patrão seria o oposto de tudo isso: “impiedoso”, “calculista”, “venoso”, “odiento”, “falaz”, “insensível”, “materialista” e “desumano”. Um típico “coronel”.

Na pele

Informações checadas pelo blog dão conta de que  dois ex-funcionários desse “fenômeno” Soliney Silva foram simplesmente demitidos sem que recebessem qualquer verba indenizatória. Um deles, com cinco anos de serviço nas fazendas do ex-prefeito, disse que executava todo tipo de trabalho: operador de máquinas pesadas, motorista de caminhão boiadeiro, tratorista e, às vezes, encarregado de serviços e até gerente. “Recebi pagamento até novembro de 2018, sempre com atraso de até vinte dias. De lá para cá nunca mais vi um centavo”, externou.

O outro funcionário disse que foi demitido sem justa causa depois de trabalhar dezessete anos ininterruptos para Soliney. Ele também era uma espécie de “pau pra toda obra”. Começou como segurança de Soliney até receber do ex-patrão, por telefone, a ordem de demissão. “Eu ainda disse a ele que a gente precisava conversar, mas ele mandou foi eu  procurar meus direitos”, disse bastante constrangido.

Segundo informou, Soliney ainda exigiu que ele desocupasse a casa onde está morando atualmente, no Bairro Bonsucesso, cujo imóvel seria resultado de uma transação suspeita entre o ex-prefeito e o dono da Construtora Perfil, de São Luís. “Ele (Soliney) disse ainda que não tem medo da justiça, que paga advogado é pra isso (...) que prefere dar aos seus advogados do que aos seus funcionários”, completou.

Mão de obra infantil

Ainda conforme as denúncias, somente na fazenda Pimentas Soliney teria aproximadamente trinta funcionários. Destes, pelo menos dois seriam menores de idade. Esse fato atenta para uma consequência grave: a exploração de mão de obra infantil. Os denunciantes afirmam que grande parte desses funcionários não entra na justiça por medo de represálias.

Assédio moral

Eles denunciaram ainda o assédio moral da parte de Soliney para com seus funcionários. Segundo afirmaram, era comum Soliney usar armas de médio e grosso calibre, atirar para intimidar os trabalhadores da fazenda Pimentas. “... e tem mais: o combustível para deslocamento até o trabalho era por nossa conta . A comida só era servida quando ele estava na fazenda. Quando ele viajava, quem quisesse que se virasse”, afirmaram.

Os dois funcionários já formalizaram denúncia na justiça do trabalho e aguardam audiências. "Arriscamos até a vida por ele e o pagamento que ele dá pra gente é esse", finalizaram.


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