quarta-feira, 3 de julho de 2019

MA: PANORAMA ATUAL INDICA RACHA NA OPOSIÇÃO DE COELHO NETO EM 2020


Até o momento, nenhuma liderança em pré-campanha apresenta condições políticas capazes de unir a Oposição em torno de um projeto que possa combater o grupo liderado pelo atual prefeito Américo de Sousa/PT.  


FOTO: Reprodução

Nestas minhas ponderações, vou ater-me a um breve histórico sobre cada nome que se apresenta como pré-candidato a prefeito dos coelhonetenses. Creio ser desnecessário aventar sobre o atual gestor Américo de Sousa/PT, até porque ele é naturalmente pré-candidato, assegurado pela legislação, que lhe garante esse direito de concorrer à reeleição.

Não pretendo, jamais, motivar desafetos nem exacerbar ódios e ranços. Farei a menção em ordem alfabética, citando os nomes conforme são popularmente conhecidos. Então, vamos lá:

Albino: Policial Civil do Maranhão, transferido de Coelho Neto para Açailândia em 2017. Candidatou-se a deputado estadual pelo PPS em 2014, obtendo 1.557 votos.
Sua pré-campanha é feita basicamente através de grupos de mensagens na internet, onde veicula vídeos e áudios em oposição ao atual prefeito. Até o momento ainda não apresentou nenhuma proposta de mudança capaz de atrair os demais líderes de oposição.

Antonio Pires: É atual vice-prefeito. Rompeu com o seu companheiro de chapa Américo de Sousa no final de 2017, antes que se completasse um ano da atual gestão.
Segundo informações, Pires estaria impedido pela Lei da Ficha Limpa de concorrer ao pleito em 2020.

Conforme ele mesmo informou anteriormente, sua pré-campanha e a campanha em si têm o apoio do governo do Estado, o que parece ser suficiente, pois, também não tem se articulado no sentido da união das forças oposicionistas.

Edvaldo Alves (Val): Ex-vereador de Coelho Neto, eleito em 2008. Foi líder do governo na Câmara, não conseguindo se reeleger em 2012. Tentou novamente, sem sucesso, a eleição proporcional em 2016 pelo partido REDE, obtendo a pífia votação de 262 votos.

Tem no currículo o dedicado apoio ao ex-prefeito Soliney Silva com quem rompeu em 2018 mesmo tendo recebido como contrapartida ajuda pessoal em processo movido por comerciantes locais por ter supostamente liderado um movimento popular em favor da Feira do Brás na cidade, o que resultou na utilização de tornozeleira eletrônica por quase um ano.

O centro da sua pré-campanha tem sido o atual prefeito e o governo municipal. Também não apresentou ainda nenhum plano de adesão. Sua grande dificuldade estaria no fato de ser desafeto e inconfiável no meio político.

Luiz Serra: Destacado empresário do comércio local e terceiro colocado na corrida à prefeitura em 2016.

Mesmo não tendo ainda confirmado sua pré-candidatura, pessoas da sua convivência social afirmam que Serra será candidato a prefeito em 2020. Talvez isto explique o fato de ele ter realizado ultimamente sucessivas reuniões em sua residência.

Durante a campanha de 2016 foi apontado pelos seus adversários como pessoa supostamente patrocinada pelo narcotráfico. Na opinião de alguns aliados, a preocupação de Serra para se justificar dessa acusação o levaram ao fracasso na campanha. Mesmo assim, obteve 8.132 votos, um voto a menos que o segundo colocado. Nessa pré-campanha Serra seria uma incógnita. 

Márcia Bacelar: Governou o município de 1997 a 2004. Tentou retornar em 2008 numa estratégia considerada mal elaborada porque promoveu o racha no grupo, beneficiando indiretamente Soliney Silva que se elegeu com 13.335 votos pelo PSD.

De lá para cá não mais se candidatou a cargo eletivo. Nesses quase 15 anos sem mandato, ela esteve impedida pela Lei da Ficha Limpa e visitando o município ocasionalmente, e mais frequente nas campanhas eleitorais, apoiando candidatos da sua preferência. Ultimamente tem mantido reuniões fechadas em sua residência.

Alguns dos seus adversários afirmam que ela continua impedida de concorrer a cargo eletivo.

Marcos Tourinho: Atual presidente da Câmara de vereadores, mantém sua pré-candidatura encasulada devido a vários fatores. Dentre esses, o medo do rompimento precoce com o governo municipal e a consequente perda de supostos privilégios. Seu posicionamento político é bastante discutido.

Há ainda fatos que corroboraram bastante para o seu desgaste político e que foram amplamente explorados pela imprensa local, quais sejam: Recebimento de salário que ultrapassa os R$ 7.000,00 mesmo tendo renunciado vantagens do cargo de presidente da Câmara, Farra das Diárias que beneficiaram a si e um resumido número de vereadores com valores que chegaram a R$ 1.200,00 cada, além de haver construído uma casa residencial em um terreno institucional.

Aparentemente desistente da ideia de disputar a prefeitura, há quem sustente que Tourinho aguarda o momento certo para efetivar esse seu projeto político.

Soliney Silva: Ex-prefeito de Coelho Neto de 2009 a 2016. A maioria dos seus aliados o acusam de em 2016 ter imposto ao grupo político da situação a candidatura de Jademil Gedeon para prefeito e, depois, ter feito corpo mole para prejudicar o candidato. Soliney é acusado de sequer votar em Jademil, pois, segundo comentou-se muito naquela oportunidade, ele teria justificado o seu título eleitoral em uma seção da cidade Timon, no dia da eleição.

O ex-prefeito também é apontado pela prefeitura como sendo autor de várias manobras, nos últimos dias da sua administração, apenas para prejudicar a gestão atual. É também acusado de haver deixado um rombo milionário nas contas públicas.

Soliney Silva também teve todas as suas prestações de contas rejeitadas pela Câmara Municipal. Por conta disso, ele teve sua candidatura de deputado estadual, em 2018, indeferida pela Justiça Eleitoral, mas, recorreu e concorreu sub judice

Ilson Baiano: Tido como um político audacioso. Mesmo tendo perdido a eleição de vereador em 2016 pelo PPS, decidiu se candidatar a deputado estadual pelo mesmo partido em 2018, obtendo 1.553 votos.

Segundo ele, sua pré-campanha estaria respaldada no sentimento de mudança. Porém, também não apresentou ainda nenhum projeto nesse sentido.

Conforme ele mesmo afirmou ao blog, sua candidatura é irrevogável e tem como base de apoio a sua família.

O que dizem os citados:



                       "Coloquei à disposição meu nome e esperamos a união da oposição contra o atual prefeito". Albino.                  

"Não tenho nenhum impedimento eleitoral. Estarei firme nas urnas". Antonio Pires.

 


"Estou legalmente habilitado para disputar as próximas eleições. Porém, acho que a vez agora é de um nome novo, sem envolvimento na política. Caso Dr. Val Filho, por algum motivo, não queira disputar, eu serei o candidato". Val.







"Sim. Sou pré-candidato a prefeito pelo MDB, e estou apto a disputar porque não tenho nenhuma condenação judicial. (...) Qualquer pessoa só é impedida de disputar se tiver condenação em duas instâncias. Eu não tenho nenhuma, graças a Deus". Soliney Silva. 









"Entendo que a Oposição tem que ter a consciência de que a mudança só é possível com união. E essa união tem que acontecer sem egoísmos. Processos na Justiça contra mim até existem, mas nada que me impeça de disputar a eleição em 2020". Márcia Bacelar. 





Não conseguimos contato com os citados: Luiz Serra, Marcos Tourinho e Ilson Baiano.




Nenhum comentário:

Postar um comentário