Mesmo
receoso do que poderia estar me aguardando na Câmara de vereadores, devido ao
meu comportamento jornalístico, comprometido com a verdade e com os meus
leitores, compareci à sessão solene que marcou o encerramento do ano legislativo
com a entrega de Títulos Honoríficos às pessoas indicadas pelos vereadores.
Presenciei
tudo com olhar clínico (jornalisticamente falando) para não cometer nenhuma
injustiça.
Totalmente
ao contrário do que eu receava, fui recebido pelo presidente da Casa, vereador Marcos Tourinho, com surpreendente
cortesia e respeito, ao qual deixo aqui o meu agradecimento por tamanha demonstração
de grandeza.
Durante
a sessão, tive o privilégio de ser citado pelos homenageados Raimundo Guanabara
(ex-prefeito) e pelo professor José Sampaio Oliveira, amigo fidelíssimo e
detentor da minha admiração e respeito.
Contudo,
gostaria de tecer algumas considerações que possam satisfazer ao que gostariam também de fazê-lo todas as pessoas que ali compareceram.
Pude
perceber na plateia um silencioso protesto, como que discordando de algumas
indicações.
Mas,
para eu chegar a esta dissertação, o jeito foi rever atenciosamente o vídeo
produzido pela assessoria de comunicação da Câmara.
Concluí
que a plateia estava correta nas suas reprovações.
O
título de Cidadania Honorífica está subdividido em duas categorias, a saber:
Título de Cidadão Coelhonetense e Medalha D. Maria Bacelar, sendo que o
primeiro só deve ser destinado a pessoas nascidas em outros Municípios, Estados
ou Países e que, reconhecidamente, tenham se destacado pelos seus méritos em
prol do município de Coelho Neto; o segundo, só pode ser destinado a
coelhonetenses que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes serviços ao Município,
sobressaindo-se pela atuação exemplar na vida pública. (Grifo nosso).
Especificamente
no caso do Título de Cidadão Coelhonetense, concedido durante a última sessão
legislativa do ano, ouso falar que faltaram critérios na escolha de alguns
homenageados. Logicamente, essa falta critérios despertou os olhares presentes
para a asseveração silenciosa que eu pude perceber.
Contudo,
que essa bendita falta de critérios sirva para despertar nos nossos vereadores
um pouco mais de cuidado nas futuras escolhas, de modo a não confundirem uma
amizade pessoal com uma relação profunda, solidária e cívica, da pessoa indicada, para com o nosso tão hospitaleiro Coelho Neto.
A
propósito, seria de muito bom grado que a Mesa Diretora da Câmara pudesse
determinar a divulgação dos Decretos que instituíram essas condecorações, pois,
nalgumas indicações, ficaram evidentes os interesses políticos. Acredito que
naquela pulcra festa não tinha espaço para tão indesejado penetra: o interesse eleitoral.
Milton, sem comentario! Bom trabalho o seu.
ResponderExcluir