A Polícia Civil do Maranhão enfrenta um déficit alarmante de efetivo, comprometendo a segurança pública em diversas regiões do estado.
De acordo com o site Novo Concursos, em setembro de 2024, havia 657 cargos vagos na corporação. Desses, 158 eram de Delegado, 438 de Investigador e 61 de Escrivão. A carência de profissionais afeta diretamente a investigação de crimes e a prestação de serviços essenciais à população.
Os salários iniciais dos cargos na Polícia Civil do Maranhão são atrativos. Delegados de Polícia ingressam na carreira com uma remuneração inicial de R$ 21.510,76. Já os cargos de Investigador de Polícia, Escrivão de Polícia e Perito Criminalístico Auxiliar têm um salário inicial de R$ 5.712,72. Para Perito Criminal, o salário inicial é de R$ 12.106,46 (sic). Apesar disso, a falta de concursos públicos e a inércia do governo estadual têm mantido a defasagem de pessoal na instituição.
A ausência de efetivo impacta diretamente o cotidiano da população. No município de Coelho Neto, por exemplo, nem mesmo plantões policiais são mantidos aos fins de semana, o que inviabiliza investigações em tempo hábil. Homicídios acontecem e não são devidamente apurados, deixando a população vulnerável e os criminosos impunes.
Além da crise na Polícia Civil, o Maranhão sofre com problemas estruturais graves. O estado é o pior do país no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e enfrenta um colapso na infraestrutura, com estradas em condições precárias, pontes interditadas e cidades desassistidas.
Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade urgente de medidas efetivas. A realização de concursos públicos para recompor o efetivo da Polícia Civil e o investimento em infraestrutura são imprescindíveis para que o Maranhão possa sair dessa situação crítica. Enquanto isso, a população segue refém da inoperância do governo estadual e da falta de segurança.
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