Cláudio Furtado: O “Solidário Tardio” dos Criadores de Gado — Quando a Inveja Veste Chapéu de Couro.
Coelho Neto - MA
O município sempre teve seus personagens pitorescos na política, mas poucos conseguiram alcançar o patamar cômico de Cláudio Furtado.
Entrou para a história como o candidato com a maior derrota eleitoral já registrada no município — um feito, convenhamos, que exige dedicação. E o autor dessa façanha? Ninguém menos que o hoje reeleito prefeito Bruno Silva, a quem Furtado, por razões óbvias, dedica especial desafeto.
Pois bem, Furtado ressurgiu das cinzas da vergonha eleitoral — tentando se reinventar como “companheiro solidário” dos criadores de gado do município. Em um vídeo digno de premiação no Festival de Fake News, gravado em duas etapas (porque uma só não bastava para tanto ressentimento), o ex-candidato tenta vestir o papel de defensor dos pequenos criadores, enquanto destila insinuações torpes contra o prefeito.
No vídeo, Furtado sugere, com um tom entre o despeito e o delírio, que Bruno Silva estaria se apossando de terras do Grupo João Santos, no povoado Ermo, como se o prefeito estivesse montando um império pecuarista secreto. Segundo o paladino da desinformação, essas terras deveriam ser “divididas” entre os criadores — uma proposta no mínimo curiosa, vinda de alguém que, até agora, não anunciou sequer um palmo de terreno próprio para tal fim.
Os fatos, porém, como sempre, são menos sensacionalistas e mais sólidos que a retórica de Furtado: os criadores, de fato, mantinham rebanhos em áreas arrendadas do Grupo João Santos. No entanto, devido a compromissos da recuperação judicial, o grupo precisou romper os contratos para viabilizar a venda das áreas. E até o momento — surpresa! — não há registro de propostas de compra por parte de nenhum criador.
Enquanto isso, o prefeito Bruno Silva, demonstrando sensibilidade com a situação, já esteve em órgãos do governo do Maranhão buscando alternativas reais para os criadores afetados. O resultado disso será anunciado pelo prefeito aos produtores logo após a Semana Santa. Enquanto uns gravam vídeos editados com mágoas não resolvidas, outros agem.
Aliás, se Furtado quisesse de fato ajudar, poderia começar por um gesto nobre: ceder ou arrendar parte de sua propriedade Ana Maria, conhecida por suas pastagens generosas e — segundo vozes populares — por ter recebido investimentos suspeitos. Um ato concreto, solidário e... improvável.
No fim das contas, Cláudio Furtado talvez tenha confundido “solidariedade” com “oportunismo barato”, e “patrimônio público” com “plataforma de campanha”. Mas, depois da surra eleitoral que levou, talvez tudo seja mesmo uma grande confusão.
Enquanto isso, em Coelho Neto, o povo assiste — entre risos e suspiros — mais um capítulo da tragicomédia política local, estrelada por quem, apesar de já ter saído de cena, insiste em aparecer.
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