Foto: Reprodução. |
A tão esperada entrevista do
prefeito de Coelho Neto – MA, Américo de Sousa (PT), não passou de uma peça
teatral mal ensaiada. Como sempre, o alvo foi o ex-prefeito Soliney Silva
(PMDB), a quem o petista atribuiu todo o insucesso do seu (des)governo.
Durante uma hora, ele só falou de
três temas:
Limpeza Pública: disse já ter melhorado a limpeza pública, mas não
explicou por que os coletores de lixo estão há mais de 90 dias sem receber
pagamento.
Entre gaguejos e devaneios,
Américo disse coisa com coisa, culpou blogueiros, comerciantes e pessoas do
povo pela calamidade que tem sido o a sua administração.
Saúde: A produção do programa usou
pessoas anônimas para elogiarem um sistema de saúde que só existe na visão
daltônica do prefeito e na miragem dos seus eleitores.
Segundo ele, recebeu a prefeitura
- o que considerou uma herança maldita - com algumas obras inacabadas e sem
dinheiro para concluí-las. Mais uma vez Américo faltou com a verdade. Ele sabe que são obras federais do PT e o repasse dinheiro é conforme a medição do
serviço. Portanto, se as obras não foram concluídas, significa que o governo
federal só pagou o que está feito.
Prosseguindo nesse tema, o
patético prefeito afirmou ter recebido a Casa de Saúde em situação delicada:
hospital completamente destruído e equipamentos abandonados em depósito.
Os equipamentos a que se referiu
o petista realmente estavam num depósito porque foram adquiridos no final da gestão de Soliney Silva. E só não foram instalados
porque não houve tempo.
Criticou as redes sociais, as
quais, segundo ele, têm sido palco das críticas ao seu governo, destacando os
blogs e o aplicativo whatsApp. E num discurso totalmente avesso ao
que dizia nos programas radiofônicos e em palanques eleitorais, Américo
admitiu não resolver tudo em meses. Tentou maquiar a secretária da saúde
Cristiane Bacelar com uma imagem de boazinha, esforçada e educada. Segundo ele,
Cristiane e sua equipe têm se desdobrado para melhorar a saúde pública.
Américo não esclareceu onde e
como gastou os quase 8 milhões de reais que entraram nas contas da Saúde em
apenas cinco meses. Vagueando o pensamento para encontrar palavras, passou a
criticar a UPA, afirmando que aquela unidade foi inaugurada de forma eleitoreira, sem habilitação no MS e, por isso, que não recebe dinheiro do governo federal.
Ou o prefeito está muito
desinformado ou então aposta na ignorância do povo.
Com relação a UPA, o MS preconiza que o
município coloque a unidade em funcionamento durante seis meses. Esse é o tempo
estipulado para se avaliar a produção de atendimentos e, posteriormente ser
habilitada para receber recursos federais.
Manifestou que a prefeitura vai
proceder à contratação de exames e criticou o Centro de Imagem, que, segundo
ele, não recebe dinheiro de nenhum órgão estadual nem federal.
Bem sabe o prefeito que o Centro
de Imagem funcionava na gestão de Soliney Silva em parceria com a então governadora
Roseana Sarney, o que foi postergado pelo governador Flávio Dino (PC do B).
Não falou se vai reativar o
Centro de Imagem, o que poderia ser feito através da sua suposta relação de
amizade com o governador comunista.
As queixas sobre o péssimo atendimento
na Saúde Américo atribuiu a funcionários supostamente mal educados.
Hospital Ivan Rui: Disse que não prometeu reconstruir o hospital. Essa
ideia é do seu opositor e ex-candidato a prefeito Luis Serra (PSDB). Afirmou que só pensou em realizar o
sonho de Serra, por isto buscou a desapropriação.
Na tentativa de apagar uma
imagem de perseguidor, afirmou que buscou a desapropriação com base na Lei e no
valor venal do imóvel. Prometeu não desistir da ideia de
reerguer as ruínas do hospital Ivan Rui. “Vamos até o final. Eu tenho parceria com o
governador Flávio para ajudar reformar e equipar o hospital de Coelho Neto”.
O petista entrou em contradição quando disse que o município já tem condições
de fazer, de forma imediata a reforma do Hospital, e que é prioridade absoluta.
De onde veio o dinheiro, se no início da entrevista falou que não tem recursos para tocar a UPA e o Centro de Imagem? Conforme ele mesmo falou, para reerguer
o hospital ele só tem a palavra do governador. E, palavras como sabemos, não constrói
nem equipa hospital.
O prefeito não disse pra onde foram os quase quarenta milhões de reais que já entraram nos cofres da prefeitura desde o início de sua gestão. Também não falou das conturbadas licitações realizadas pelo seu governo e que vão beneficiar duas firmas de Vargem Grande com mais R$ 5,5 milhões.
A entrevista concedida por
Américo de Sousa não passou de blá, blá, blá.
Em resumo: a hora da mudança
ainda não chegou!
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