Joaquim Barbosa não descarta candidatura e defende diretas
Ex-ministro do STF admite que pensa na possibilidade e até já conversou com Marina Silva, mas ressalta: ‘Sou muito hesitante em relação a isso’
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa admitiu que não descarta se candidatar à Presidência da República.
Em solenidade no Supremo, em Brasília, Barbosa afirmou que uma eventual
candidatura está em sua “esfera de deliberação”, que já conversou com
partidos e até com Marina Silva, mas que ainda “hesita” sobre o tema.
“Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três
anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento
da vida brasileira. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na
minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a
isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido”, disse o
ex-ministro do STF durante a inauguração de seu retrato na galeria dos
ex-presidentes da corte.
Barbosa admitiu conversas sobre uma possível candidatura,
mas negou ter assumido compromisso com algum partido. “Já conversei com
líderes de partidos políticos, dois ou três. Até mesmo quando estava no
Supremo fui sondado, sondagens superficiais. Ano passado, tive conversas
com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de
impressões, com a direção do PSB”, disse. “Mas nada de concreto em
termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não sei se
eu decidiria dar este passo. Eu hesito.”
Na cerimônia, Barbosa também afirmou que, no atual cenário
político, o país conta com o STF. “Eu não os invejo, eu não gostaria de
estar aqui na Corte neste momento cataclísmico. Eu só diria o seguinte, o
Brasil precisa muito dos senhores. O Brasil precisa muito desta Corte”,
disse aos antigos colegas.
Eleição direta
Sobre a possível vacância no poder em caso de queda do
presidente Michel Temer, Barbosa se posicionou a favor de uma alteração
constitucional que possibilite as eleições diretas. “Veja bem, a
Constituição brasileira prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de
modificar Constituição em situação emergencial como esta para se dar a
palavra ao povo. Em democracia, isso é que é feito”, opinou.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário