Brasil, Política
MP investiga se Cabral tem ‘mordomo’ na
prisão, diz TV
Ex-governador está detido em cela
especial para portadores de diploma, mas um de seus colegas não possui a
formação, o que provoca suspeitas de promotores
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) (José Lucena/FuturaPress/Estadão Conteúdo) |
As
controvérsias em torno do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral(PMDB)
não param. Depois da notícia de que uma fiscalização surpresa encontrou altas doses de antidepressivos na
cela de Cabral, agora a suspeita de que um preso que divide o espaço com ele
poderia estar trabalhando como uma espécie de “segurança” ou “mordomo” do
ex-governador.
Sérgio
Cabral está detido no Presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, em
uma ala reservada a presos que, como ele, possuem diploma de curso superior. No
entanto, dos cinco detentos que dividem a cela com o peemedebista, um, Flávio
Melo, não teria a formação necessária, segundo reportagem exibida pela TV Globo
na noite desta segunda-feira. Ex-policial militar, Melo foi condenado a 21 anos
por crimes relacionados ao tráfico de drogas e, segundo uma justificativa
possível, correria risco de vida.
Em entrevista à TV, o
promotor Sauvei Lai afirmou que o Ministério Público recebeu
“com estranheza” a presença do preso na cela de Cabral, uma vez que, se fosse
por questões de segurança, ele deveria estar em um espaço de isolamento. Agora,
o MP vai investigar a possibilidade de não ser aleatória a estadia dele
justamente na unidade onde está preso o ex-governador, de quem poderia ser um
“homem de confiança”.
De acordo com a reportagem, as teses consideradas são de que Melo possa ser um “mordomo”, responsável pela limpeza da cela, ou um “segurança particular”,uma vez que, “respeitado pelos outros presos”, poderia evitar agressões ao ex-governador. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) alegou que Flávio Melo está em Benfica por ordem da Justiça. Procurado por VEJA, o escritório que defende o ex-governador Sérgio Cabral afirmou que não comenta o caso do peemedebista.
VEJA.com
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