Foto: Internet |
O relacionamento político em Coelho Neto, entre o ex-prefeito Antonio Cruz e o atual
vice-prefeito Antonio Pires/PCdoB sempre foi marcado por picuinhas, falsidades
e desconfianças, beirando até ofensas pessoais.
O pega-pega é velho, vem desde o início da carreira política de Pires,
quando aceitou apoiar o projeto de Antonio Cruz, que era o de se tornar líder
político e chegar à prefeitura, através do PTB. Como contrapartida, Pires teria
o apoio do partido para a sua candidatura ao cargo de vereador e, depois, para sobrepujar Pedro Frota do sindicato rural.
Quando se juntam, como aconteceu em várias sucessões municipais, é por
interesse e conveniência, já que a união se torna indispensável para derrotar
os adversários comuns.
Embora ambos não deem conotação pública, são inimigos ferrenhos quando
estão separados no processo eleitoral. Contudo, são confrontos civilizados
quando comparados aos demais da política tupiniquim, feitos à base do
sentimentalismo tolo do povo, sempre a carregar o peso morto do refugo da
política coelhonetense.
Foto: Internet |
Não me causou nenhuma surpresa a
foto que a dupla tirou em família, na propriedade rural de Pires, e fez
circular recentemente em um aplicativo de mensagens. A imagem, para quem
conhece as figuras em alusão, vislumbra incomensurável falsidade, cuja pose só
pode ser possível quando há mesmo o interesse comum. Se de um lado,
Antonio Cruz sonha em ver o filho no poder executivo, Antonio Pires, de outro,
também sonha em ser prefeito. E sonha tanto a ponto de afirmar que já tem o
apoio do governador comunista Flávio Dino e dos deputados Adelmo Soares
(estadual) e Márcio Jerry (federal), todos comunistas.
Das duas, uma:
Ou, Antonio Cruz, embriagado pela vaidade, esteja mais uma vez
usando o seu desafeto apenas para chamar a atenção do seu líder político
Soliney Silva/MDB e forçá-lo a divulgar logo a chapa com Bruno Silva e
Rafael Cruz ou, já pensa mesmo em romper com Soliney e emplacar o filho na
chapa com Antonio Pires, numa comprovação de que o vale-tudo pelo poder
também está no seu DNA.
Em suma, esse encontro calculado e fotografado não me causou estranheza. E ele aconteceu em um período bastante
propício: na Semana Santa, quando todos nós lembramos o maior traidor da
história da humanidade.
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