Estava eu exatamente lendo sobre a politização do COVID 19, quando resolvi acessar o Whatsapp. No meu PV, recebi do bravo coelhonetense e neurociurgiao Dr. Benjamim Pessoa Vale, uma Crônica, através da qual ele externa suas preocupações para com a politização da pandemia no Brasil.
Ele trata do que considera "dilemas" sobre esse assunto, prestes a endoidecer a humanidade, cujo conteúdo tenho a honra de compartilhar convosco:
Sanidade e loucura
Define-se o binômio pelo antagonismo, mas, o limiar é tênue.
Loucos ou Sãos?
A loucura fez-se temática nas obras de dois gênios notáveis, Shakespeare e Cervantes, com personagens em delírios e peças enigmáticas.
Hoje, mais de quatrocentos anos após o desenlace dos dois, em 22/04/1616, vivemos dilemas que beiram a insanidade. Isolamento social, hidroxicloroquina, para muitos efetivo, para outros não. Saúde e economia, como equacionar?
Que as agruras do momento não nos levem à loucura.
Em 22 de abril fomos descobertos. Não posso afirmar se os gênios, que nesta desencarnaram, conheciam nossas histórias, mas, têm episódios que ilustrariam romances e peças teatrais.
Hoje, em tempos de Covid-19 e redes sociais, somos bombardeados por conteúdos que levam à construção ou à destruição.
A pandemia e seus efeitos confundem os gestores, que confrontam-se. A sociedade em isolamento, permanece entre o "grito " e a "marcha".
Abril, 2020, Covid -19, saúde, economia, egos execerbados, visão no poder. Estado em trevas e seres humanos confinados em casa, hospitais e sepulcros.
No cenário day a day, picos, curvas, números de mortos e enfermos, desemprego, bolsas em quedas, faltam UTIs, ventiladores e EPIs. Solicitamos segurança e transparência.
Mais um enigma se faz presente: quem fará mais vítimas? O vírus ou a fome?
O mundo, em desigualdades antes da Pandemia, faz aflorar suas "chagas" e mostra a fragilidade para soluções coletivas. Tudo é insuficiente!
Neste momento, as "sangrias” desataram-se e os efeitos são devastadores! Parafraseando Amartya Sen, existem problemas novos convivendo com problemas crônicos: persistência da pobreza, com fomes coletivas e fome crônica disseminada; estrutura de saúde sucateada e profissionais invisíveis até a instalação da Pandemia. Mas, no anonimato, todos na luta à preservar vidas.
Expomos nossas fragilidades sanitárias, científicas, sociais e econômicas. Mas, a esperança nos move, venceremos! Porém, conscientes de que: "quando os loucos guiam os cegos é prenúncio de tempos sombrios ".
Benjamim Pessoa Vale, médico e MBA em gestão empresarial.
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