Mesmo os eleitores tendo que enfrentar filas que pareciam intermináveis e mesmo diante da maior abstenção já registrada desde 1998, proporcionalmente, no confronto direto com os adversários locais, Bruno Silva conseguiu votação extraordinária para os seus candidatos.
Em todos os locais de votação houve grande concentração de eleitores e muitas reclamações pela longa espera. Muita gente optou por sair da fila e retornar mais tarde, porém, as filas se mantiveram até o fechamento dos portões.
A grande surpresa do pleito foi a abstenção de 23,6%, equiparado ao de 1998.
Mesmo assim, o resultado da apuração em Coelho Neto foi extraordinário para o grupo político de Bruno Silva, que conseguiu se sobrepor de forma esmagadora aos adversários diretos e ajudar a eleger os candidatos do grupo com a maior votação proporcional do Estado.
RESULTADO DA VOTAÇÃO PARA OS CANDIDATOS DE BRUNO SILVA EM COELHO NETO:
André Fufuca/PP
40,35%
9.524 votos.
Glalbert Cutrim/PDT
35,50%
8.340 votos.
ABSTENÇÃO
Coelho Neto saltou de 30 mil para 32 mil eleitores neste ano de 2022, o que levou os grupos que disputaram as eleições a acreditarem que pelo menos 26 mil votos seriam computados como válidos, porém, esse número caiu para 23 mil, cabendo a ampla fatia para os candidatos de Bruno Silva.
QUEM PERDE
Numa análise meramente empírica, os grandes derrotados dessa eleição são o petista Américo de Sousa, o vereador Cláudio Furtado e o ex-vice-prefeito de Américo, Antônio Pires.
Considerando que o resultado do confronto direto entre os grupos, nesse pleito de 2022, funciona como termômetro para a eleição municipal de 2024, Antônio Pires estaria estagnado. Dos supostos 2.500 votos negociados com Nagib/PSB, ele só entregou 1.221.
Outro que estaria enterrado na mesma vala seria o vereador Cláudio Furtado, pois, com o irmão prefeito de Duque Bacelar e um grupo que contou com dois ex-vereadores, não conseguiu, nem de perto, atingir a votação anterior para deputado federal.
Em 2020, Cláudio se elegeu vereador com menos de 10% dos votos que obteve para deputado federal. Pela lógica, 10% dos 2.142 votos obtidos por ele nesta eleição dificilmente se reelegerá para a Câmara Municipal.
Quem também estaria enterrado de bruços seria o ex-vice-prefeito Américo de Sousa. A votação pífia de apenas 1.970 votos ao seu candidato Rafael Leitoa o descredencia do posto de liderança como até então ele se julgava ser. Além do mais, a sua rejeição seria irreversível, fato que o deixa a quilômetros de distância de uma nova disputa eleitoral no município.
O FENÔMENO
Considerando a abstenção do pleito deste ano, Bruno Silva se consolidou definitivamente imbatível no cenário municipal. Ele voltou a bater recorde de transferência de votos, demonstrou força política e unidade do grupo para se firmar como a maior liderança política da região.
Sua popularidade foi o grande diferencial na eleição de Senador, Governador e Presidente da República, mesmo Flávio Dino/PSB, Brandão/PSB e Lula/PT sendo apoiados pela maioria dos grupos políticos do município.
Esse fato, certamente culminou para a eleição de Dino e Brandão em 1° turno, ressalvado eventual exagero da narrativa.
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