quinta-feira, 28 de agosto de 2025

MA: O DIA EM QUE O LEÃO VIROU GATINHO DE PELÚCIA EM DUQUE BACELAR


O prefeito Flávio Furtado, que se dizia o “leão” da política bacelarense perdeu o rugido e virou gatinho de pelúcia. Em menos de quinze dias, levou dois “tombos” de peso — primeiro perdeu Betim do Sacolão e agora o vice-prefeito Raimundinho.




Durante anos, Flávio Furtado se gabou de ser o manda-chuva, o dono do cabresto, o “imbatível”. Mas bastou o seu líder na Câmara, Betim do Sacolão e o vice-prefeito Raimundinho dizerem “chega” para o castelo de areia desmoronar.


Durante anos, o prefeito Flávio Furtado/PDT cultivou para si a imagem de um “leão” na política de Duque Bacelar. Rugia alto, mostrava as garras e vendia a ideia de que todos os aliados estavam firmes, submissos e em cabresto, como se sua liderança fosse incontestável. Mas a cena mudou bruscamente: o que se viu foi o leão virar gatinho de pelúcia, daqueles que servem apenas para enfeite de prateleira.


O rompimento do líder do governo na Câmara, Betim do Sacolão e, agora, do vice-prefeito Raimundinho, não foram apenas duas baixas: foram o abalo das colunas que sustentavam a narrativa da força absoluta. Se o próprio vice, até então peça-chave da engrenagem, não suportou mais os desmandos, o que dirá a tropa de aliados que sobrevive à base de promessas e imposições?


A cada rasteira, a reação é a mesma: corre para as redes sociais tentar estancar a sangria. Desta vez, não contente em escrever mais uma nota chorosa, puxou até Dr. Chico Burlamaqui para a foto, como quem grita: “apanhei, mas ainda tenho quem me segure no colo”. É o famoso muletão político: quando a perna não aguenta, apoia-se no padrinho. No comunicado, o prefeito tenta posar de vítima, dizendo que o rompimento foi uma “decisão isolada” e que a culpa, na verdade, é do vizinho incômodo — o prefeito de Coelho Neto, acusado por ele de meter o bedelho em Duque Bacelar. Ora, convenhamos: se tem alguém especialista em atravessar o quintal alheio, esse alguém atende pelo nome de Flávio Furtado. Foi ele quem, em 2016, tentou enfiar o irmão goela abaixo como prefeito em Coelho Neto; depois reciclou o mesmo irmão como vereador; mais tarde, tentou de novo emplacá-lo como prefeito; e, como brinde, ainda despachou o genro para a Câmara. E agora vem bancar o injustiçado porque “invadiram” sua horta? É rir para não chorar.


O episódio da saída do vice Raimundinho revelou aquilo que a população já suspeitava: por trás do rugido havia insegurança, desgaste e uma liderança esfacelada. O que antes se vendia como grupo sólido, hoje mais parece um castelo de areia à beira da maré da insatisfação. Se até o vice não aguentou mais o show de autoritarismo, imagina o resto da turma? O grupo que ele dizia ser de ferro já parece sucata. A debandada é iminente. Betim do Sacolão e o vice-prefeito mostraram que não há mais razão para sustentar a fantasia do “leão imbatível”. O rei da selva, em Duque Bacelar, perdeu a majestade – e agora só resta a imagem irônica de um felino de pelúcia, inofensivo, sem garras e sem rugido.

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