Foto: Edivaldo Alves |
Aparentemente
tranquilo, Soliney lembrou que aos dois meses do seu primeiro mandato de
prefeito, em 2009, foi vítima de um erro judicial primário ao ser intimado numa
investigação a pedido da procuradora federal Raquel Branquinho:
“Em 2006 eu era deputado estadual O
prefeito era o Magno. Ele deixou de prestar contas com o MEC da compra de um
ônibus que eu encontrei só a sucata. Na hora o investigado fui eu!”, disse. Segundo ele, o desfecho foi o
arquivamento do processo.
Proc. Fed. Raquel Branquinho |
Perseguição política
Soliney
Silva informou aos seus aliados que o processo da investigação sobre a compra
do imóvel foi desarquivado há 15 dias, a pedido do subprocurador federal
Nicolau Dino. “O governador Flávio Dino,
seu irmão Nicolau Dino, o prefeito Américo e os Leitoa de Timon querem a todo
custo me ver fora da política nas próximas eleições. Isto, porque sabem que eu
sou a voz do grupo Sarney em boa parte desta região, mas eu garanto a vocês que
eles não vão conseguir”, assegurou.
Perseguidores segundo Soliney:
Foto (Reprodução): Os "Leitoa" e Flávio Dino |
Foto (Reprodução): Subprocurador Nicolau Dino |
Foto (Reprodução): Prefeito Américo de Sousa |
Ele
ainda assegurou que não faz sentido o bloqueio das contas da sua esposa e filhos, pois nenhum deles jamais foi empregado da
prefeitura. Porém, lamentou que a médica Drª. Andressa (sobrinha de Soliney),
lotada na UPA de Timon, tenha sido demitida por conta da perseguição
desencadeada contra si.
Impeachment
Soliney
não deixou dúvidas de que a perseguição ascendeu depois que ele assumiu a
coordenação do movimento Pelo Bem de
Coelho Neto prometendo, entre outras coisas, pedir o impeachment do
prefeito Américo de Sousa (PT). “ Eu deixei mais de R$ 8 milhões
para pagamento dos servidores, fornecedores, férias e tudo mais. Os empenhos
constam na minha prestação de contas. Ele (Américo) incorreu em apropriação
indébita e crime de responsabilidade fiscal. Só aí já temos motivos de sobra
para pedir o afastamento dele”, sustentou.
Julgamento na Câmara Municipal
Está
marcada para quarta-feira (19), às 09 horas, a sessão extraordinária de
julgamento das contas referentes ao exercício de 2010, sob a responsabilidade
de Soliney Silva. O processo foi encaminhado para a Câmara municipal aprovado
por unanimidade pelos desembargadores do TCE/MA, com ressalvas.
Soliney
explicou aos seus aliados que o termo “ressalvas” significa que não houve dolo
na gestão dos recursos e explicou que de acordo com a Constituição Federal, “a
Câmara não pode julgar contas de gestão, só pode julgar contas de governo,
relacionadas a tributos”.
Artigo 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
O
ex-prefeito apontou que o processo montado na Câmara está eivado de erros,
citando como exemplo, a perda do prazo para leitura em plenário e a ausência de
parecer técnico. “Outra coisa: eu só fui
notificado depois da elaboração do parecer na comissão de finanças. Portanto,
me negaram o direito de ampla defesa!”, disse.
O oposicionista disse também que, embora seus
advogados tenham encaminhado defesa por escrito, ele vai à sessão do dia 19
para defender-se.
Comissão impedida de votar nas
prestações de contas
Demonstrando
total segurança nas suas colocações, Soliney assegurou que os vereadores são
praticamente os mesmos que aprovaram suas contas do exercício 2009 e que,
principalmente a Comissão de Finanças estaria impedida de votar.
Vereadores
juridicamente impedidos de votar devido o vínculo com a gestão de Soliney em
2010:
Camila Liz (PROS)–
era subprocuradora do município;
Moabe
Branco (PSD) – funcionário da secretaria de Saúde;
Dr. Marcos Tourinho (PTB) – era também subprocurador do município;
Wilson Vaz (PT do B) – a esposa deste foi
Diretora Administrativa do FAPEM;
Júnior
Santos (PMDB) – seu pai (Ribamar Santos) foi Diretor Adjunto da Educação durante 7
anos e secretário da pasta durante 6 meses;
Reginaldo Jansem - Cará (PMBD) – sua esposa atual era enfermeira e
Diretora do SAMU. “Eu vou entrar com uma
ação de litisconsorte para que esses vereadores provem suas acusações”,
afirmou.
Vereadora Camila Liz |
Vereador Cará |
Soliney
disse ainda que tanto o PMDB como o PROS (partido de Camila Liz) não aceitam
infidelidade partidária. “O líder da
oposição vai indicar que os vereadores desses partidos votem contra o relatório
da Comissão de Finanças. Caso contrário, os diretórios municipais e estaduais
fecharam questão e vão pedir o mandato destes por desobediência”, garantiu.
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