Reabertura do Pregão para o transporte escolar pode estar ligada ao possível interesse da prefeitura em favorecer empresa "amiga do governo".
Foto: Reprodução |
“O Deus-nos-acuda na licitação do
transporte escolar de Coelho Neto (MA) só tem dois caminhos: ou o MPE notifica
a prefeitura para dar prazo pra JBF apresentar o Seguro de Transporte e de
Passageiros, exigido na vistoria, ou o certamente será cancelado”. Isto foi o que afirmou o representante legal da empresa, Josué Gouveia.
Ele contou ao blog que a JBF foi a
única a apresentar a documentação exigida no Edital do certame e que as
demais concorrentes foram desabilitadas pelo excesso de formalismo.
Informou que na quinta-feira (12), a empresa JBF
se apresentou pela segunda vez para a vistoria dos veículos. A primeira vez,
segundo explicou o representante da JBF, aconteceu antes da realização do
certame. Porém, naquela oportunidade, ninguém da prefeitura compareceu para
proceder a essa exigência. “Por volta das 3 da tarde apareceu uma senhora de nome
Francisca Meire se dizendo advogada e articuladora política. Ela fez uma perícia
sem entender de nada”, disse Gouveia.
Ele acrescentou que durante a vistoria
de quinta-feira (12), a JBF foi desclassificada sem que a prefeitura lhe desse
o prazo para apresentar as guias do Seguro de Transporte e de Passageiros. “Essa mesma exigência constava no Edital de
2017, e mesmo a empresa ganhadora não tendo apresentado o documento foi
classificada”, denunciou.
Ao tomar conhecimento de que a
prefeitura estaria reabrindo o certame com apenas três empresas remanescentes,
o representante da JBF foi à Promotoria de Justiça e denunciou o que chamou de “manobra”
para, segundo ele, favorecer uma empresa do interesse do governo. “A empresa que estão
protegendo já tem quatro contratos para locação de veículos de passageiros e
pick-up. Esses contratos foram firmados com as secretarias de Educação, Saúde,
Administração e Assistência Social”, afirmou Gouveia. Ele acrescentou que todo
o processo já estaria homologado, motivo pelo qual a sua empresa não poderia
ser desabilitada.
O representante da JBF informou
ainda que o MPE designou dois serventuários para acompanharem a intrigante
reabertura do pregão em que participaram as mesmas empresas, desabilitadas
anteriormente por falta de documentação.
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