segunda-feira, 14 de julho de 2025

MA: CRIMINALIDADE EM ALTA E IMPUNIDADE À SOLTA: A DURA REALIDADE DA SEGURANÇA PÚBLICA NA MICRORREGIÃO DE COELHO NETO.


A população vive dias cada vez mais difíceis. A criminalidade avança sem freios e, com ela, cresce a sensação de impunidade.

 

Casos de roubos, execuções e falhas graves nas investigações se acumulam e colocam em xeque a eficiência das forças de segurança pública do Estado, na região. De um lado, a polícia muitas vezes consegue recuperar veículos roubados — em especial motocicletas —, mas falha na identificação e prisão dos autores. Do outro, em crimes mais graves, como assassinatos, o resultado costuma ser ainda mais desolador: quase sempre as vítimas caem no esquecimento investigativo.

A revolta da população é alimentada pela morosidade das investigações. Não é incomum que celulares apreendidos nas cenas dos crimes sejam enviados para longas perícias e jamais devolvidos às famílias. A ineficiência do processo penal se agrava com o sucateamento da estrutura policial: viaturas seminovas, que poderiam estar em atividade, são descartadas por problemas mecânicos mínimos, revelando um quadro preocupante de gestão e manutenção.

O estopim da insatisfação popular veio com uma constatação incômoda: quando um agente do Estado é a vítima, a resposta é imediata. Foi o que se viu recentemente no caso do delegado assassinado na zona rural de Caxias — em poucas horas, o criminoso foi localizado e preso. Mas quando a vítima é um cidadão comum, o destino costuma ser outro: silêncio, dor e falta de respostas.

Diante dessa dura realidade, nossa reportagem ouviu o prefeito de Coelho Neto, Bruno Silva, que tem sido parceiro do governo do Estado, principalmente nesse quesito. Bruno Silva enumerou o que já fez na segurança, somente neste seis primeiros meses do seu segundo mandato.

"A nossa parte estamos fazendo: foi solicitado a estruturação da delegacia, o que foi feito; foi solicitado mais uma viatura, o que foi atendido pelo Secretário Orleans Brandão; realizamos o concurso da guarda municipal e já estamos nas fases finais para nomeação… Agora, precisa ser cobrado das forças policiais, através dos seus comandantes, ações efetivas, porque a nossa parte estamos fazendo. O que não dá é a prefeitura fazer o papel da polícia. Se tivéssemos o poder de polícia, tudo bem, mas não temos."

O prefeito lamentou também que até os próprios policiais estejam na mira dos bandidos. "Em um cenário em que nem os agentes da lei escapam da violência, o que resta ao cidadão comum?", questionou.

A sociedade clama por respostas. Quer policiamento ostensivo, investigações eficazes, estrutura adequada, e acima de tudo, justiça. Sem isso, o medo continuará a ditar a rotina de quem só deseja o direito de viver em paz.


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