terça-feira, 29 de julho de 2025

MA: Falta de Água em Duque Bacelar Expõe Abandono da População e Falta de Zelo do Poder Público.


Em pleno século XXI, em uma cidade que abriga uma das poucas estações de tratamento de água do Rio Parnaíba na microrregião, moradores de Duque Bacelar enfrentam o drama da seca dentro de casa.



No Bairro Zé Furtado, a cena mais comum é a de depósitos, baldes e tambores espalhados pelos quintais, tentando armazenar o mínimo possível de água para garantir o básico: beber, cozinhar, tomar banho e lavar roupa.


Uma dona de casa, visivelmente constrangida, mostrou os recipientes usados para estocar água, expondo o retrato cruel de uma realidade que se arrasta há dias.




A situação ganhou contornos ainda mais graves com o desabafo de uma moradora,  publicado nas redes sociais, que revelou a humilhação por trás da crise: “Fui pedir pro carro-pipa encher a caixa aqui em casa, tem que ir pedir autorização pro secretário”, escreveu, indignada com o descaso.


A revolta da comunidade não é à toa. Duque Bacelar é, ironicamente, a única cidade da região a contar com uma estação de tratamento de água que capta direto do Rio Parnaíba — o que, em tese, garantiria abastecimento regular e de qualidade para toda a população. No entanto, a realidade é oposta: torneiras secas, moradores desesperados e um poder público que parece cada vez mais distante dos problemas reais do povo.


O que se vê é a total falta de zelo e compromisso com as necessidades básicas da população. A água, que deveria ser um direito garantido, virou privilégio para quem consegue autorização ou tem influência. Enquanto isso, as famílias mais humildes são submetidas à humilhação e à incerteza diária sobre como irão suprir suas necessidades mais elementares.


A pergunta que ecoa entre os bacelarenses é simples e urgente: onde está o respeito com a dignidade da população?


A crise hídrica que atinge Duque Bacelar não é causada pela natureza, mas pela omissão e pela má gestão. E enquanto o povo clama por água, o silêncio das autoridades ecoa como um grito de desprezo.


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