quarta-feira, 31 de maio de 2017

LEGISLATIVO E EXECUTIVO IMPÕEM SOFRIMENTO AO POVO DE COELHO NETO MA



Diante de um governo centralizador, cuja isonomia, transparência e publicidade por ele praticadas são discutíveis, resta ao povo desesperançado, enganado e carente apelar para os vereadores.

Estes, investidos de fé pública e poderes para reivindicar e fiscalizar o executivo, devem, ou pelo menos deviam, se postar solidariamente frente aos problemas que afligem as pessoas, sobretudo as mais pobres.


Não considere o leitor fruto de uma mente mirabolante o que ora escrevo.

Constitucionalmente, é o vereador a ponte entre a gestão pública e o povo. Mas, para decepção de uns e infelicidade de outros, não é esta a postura que se observa nos vereadores de Coelho Neto (MA), onde vivem mais de 47 mil habitantes.

Foto: Reprodução
O sofrimento dessa indefesa população é por demais revoltante. Os coelhonetenses, sobretudo crianças, gestantes e idosos, vivem um sofrimento diário, em busca de serviços públicos.

Não é nossa pretensão expor os vereadores a qualquer tipo de desafeto. Mas, o que tem feito a Câmara para amenizar as dores da população?

Alguns, quando abordados na rua pelas pessoas, limitam-se a evasivas. Em alguns casos, sem dar muita atenção, respondem não poder fazer nada. Ora, se um vereador externa esse tipo de afirmação é porque não tem noção das suas atribuições ou porque está preso a interesses pessoais com o prefeito.

O impacto de atitudes assim fere a instituição que representam, pois a casa do povo não pode nem deve ser violada com ações individualistas e de subserviência.  

Nas sessões, não se ver nenhum deles levantando a voz contra os descasos na saúde que registram: falta de médicos, equipamentos, remédio, o abandono à UPA que, de forma lenta e planejada, caminha para o seu fechamento; denúncias de empresários sobre licitações viciadas, reformas de prédios públicos sem placas de identificação das obras até as demissões de servidores com até 20 anos de serviço.

Nenhum levantou a voz contra a perseguição política desencadeada pelo atual prefeito, até porque, conforme servidores prejudicados pelas demissões injustas, alguns dos vereadores estariam de acordo com as demissões, desde que para admitir seus eleitores.

Assim, como se o destino das pessoas fosse moeda de troca, familiares e eleitores desses vereadores estariam sendo beneficiados.

Mas, como exigir solidariedade de uma Câmara, se a maioria dos vereadores não tem nenhuma relação de afetividade com os coelhonetenses? O presidente é conterrâneo do prefeito, da vizinha cidade de Buriti, onde é professor concursado. Em Coelho Neto comandam o PT e o Sindicato dos Professores.

Entre os demais podemos descrever: Médico, da cidade de Caxias, que só vem a Coelho Neto nos dias de sessão; Serventuário da Justiça, trabalha no fórum desta comarca, mas reside em Teresina; Outro, playboy, evangélico de uma igreja local, deposita no seu pai as decisões do mandato; Advogado, trabalhando há quatro anos em Coelho Neto, sem nenhuma identificação com o povo; Outro, com três mandatos, sem qualquer projeto relevante, eleito mais pelo cociente eleitoral do que pela vontade do eleitorado. Limita-se apenas às benesses do cargo; Advogada, coelhonetense, mas que reside em Teresina, de onde só vem nos dias de sessão; Outro, com dois mandatos, mas que vive em cima do muro: não sabe se obedece ao prefeito ou se abraça o ex-prefeito; Trabalhadora rural, a qual, orientada pelo esposo, permanece um túmulo; Jovem, com dois mandatos, as pessoas nem o procuram mais porque já não tem a mesma credibilidade; Outro, suposto representante da zona rural, mais votado, e que tem contribuído apenas para o sofrimento das pessoas. Foi dele o pedido de demissão de quatro servidores do Posto de Saúde Santo Antonio para dar lugar aos seus eleitores; Play Boy, rico, vive a exibir pelas ruas da cidade, durante as madrugadas, a sua moto de 1.200 cilindradas.


O que as pessoas podem esperar de uma representação como essa? Pelo visto, o jeito é ajoelhar e entregar tudo pra Jesus.

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