terça-feira, 30 de maio de 2017

Legislativo e Executivo vivem relação de aparências em Coelho Neto - MA

Vereadores de C. Neto: apenas Rafael Cruz /PMDB (D) declarou oposição

Após as eleições de outubro do ano passado, ficou configurada a existência de três grupos políticos no município de Coelho Neto (MA): o primeiro, liderado pelo prefeito eleito Américo de Sousa (PT), com dois vereadores; o segundo, pelo ex-prefeito Soliney Silva (PMDB), com seis vereadores e o terceiro, liderado pelo empresário e ex-candidato a prefeito Luis Serra (PSDB), com cinco vereadores. 

Nota-se claramente, que pelo resultado da eleição proporcional, o grupo mais enfraquecido, do ponto de vista da representação na Câmara, era o do petista Américo de Sousa.

Após a posse dos eleitos, muitos foram os comentários em torno da governabilidade, considerando-se que Américo, para mantê-la, precisaria do apoio de dois terços dos vereadores.

Em resumo, o prefeito Américo, mesmo apertando o cinto, e sob acusação de distribuir “mensalinho” e contratos aos “nobres edis”, conseguiu maioria no parlamento. Assim, elegeu seu aliado tradicional Osmar Aguiar (PT) para a presidência e aprovou a reforma administrativa que mais tarde revelaria a cara do seu governo.

Decorridos exatos cinco meses de gestão, o que poderia estar acontecendo para justificar o “andar sozinho” do prefeito? Por ventura, seria a quebra de compromisso pelo petista? A bendita fidelidade partidária ou a gana dos vereadores, eventualmente insatisfeita?

Foto: Blog do Samuel Bastos


Dentre os três quesitos, a fidelidade partidária tem sido uma espécie cabresto para os dispostos à fama de infiel. Embora impedidos pela lei dos paridos políticos, buscam o distanciamento para, quem sabe, tentarem impor suas pretensões.

Uma testemunha, que preferiu não ser identificada, informou haver presenciado o desabafo de um secretário, sustentado que os vereadores custavam caro para o município!

Conclui-se que os vereadores, migrantes dos grupos de Luis Serra e Soliney são, em contrapartida, desafetos para o governo. Talvez, por isto, o prefeito prefira mesmo andar sozinho.

Foto: (Internet) Waltenir Lopes (E) 
Informações recentes dão conta de que os vereadores eleitos no palanque do PMDB estariam sufocando o ex-prefeito e presidente do partido Waltenir Lopes, para facilitar a reaproximação destes com Soliney Silva.
   
Foto (Net): Soliney 
De acordo com a sua assessoria de comunicação, Soliney Silva não manifestou interesse no encontro, pelo menos por enquanto, por achar que ainda é muito cedo para se tratar de compromisso político. O peemedebista considera que as eleições de 2018 ainda dependem da reforma eleitoral, em discussão no Congresso Nacional. 

Com essa postura, Soliney mantém o que disse após o resultado das eleições, que é deixar o seu grupo político à vontade para qualquer decisão, sem esquecer apenas de observar a fidelidade partidária.

Até quando isso vai durar? Eis a questão! 




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