Quando
adentrei a Igreja Matriz de Santana e olhei aquela suntuosa casa de Deus lotada
de gente do povo, convidados e familiares do patriarca Raimundo de Melo Bacelar
(pejorativamente cognominado Duque Bacelar), foi como se eu visse a minha frente, ali,
materializada, parte da história de uma geração de homens destemidos, cuja
mobilização e trabalho foram determinantes para que Coelho Neto fosse o que é na
contemporaneidade.
Vi
quando os seus remanescentes ocuparam os primeiros bancos da Matriz e o
pároco deu início à celebração da Santa Missa.
Um turbilhão de emoções se
apoderou deste discreto expectador.
Vi
as mulheres da família, ajoelhadas perante o altar, de olhos fechados, como que
em agradecimento por tão abençoado momento.
Não
consigo descrever o grau de espiritualidade que tomou conta do ambiente.
A
Missa em Ação de Graças, na manhã daquele 6 de outubro, quando Duque Bacelar
completaria 112 anos de idade, é algo para jamais ser esquecido. Abram-se os anais da história para receber tão primoroso registro!
Vi
no semblante altaneiro de Magno e Afonso marcas de duas vidas que superaram escrúpulos
para darem continuidade ao projeto do pai, que era o de construir uma Coelho
Neto promissora, desenvolvida e hospitaleira.
Eu
bem que poderia me ater na história, mas, preferi fazer esta humilde referência ao que considero a maior
obra de Duque Bacelar: a sua família.
É
dela a determinação de mantê-lo vivo em nossa memória. Igualmente empenhada, é
dela o exemplo de respeito ao povo, para o qual tanto se dispôs.
À
família, o meu literal respeito e a minha honesta admiração!
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