sexta-feira, 25 de outubro de 2019

HOJE É DIA DE...

SAÚDE EM COMA!
Milton Vieira*

Contexto

Atualmente, os principais problemas de saúde pública no Brasil são a hipertensão, diabetes e obesidade. Essas doenças atingem grande parte da população e necessitam de uma estrutura adequada dentro do SUS para garantir um atendimento de qualidade para todos.

Entendo ser de urgência urgentíssima a ampliação da atenção primária (profilaxia), o combate à poluição ambiental, o enfrentamento de infecções transmissíveis como a dengue, a gripe e o HIV, e de doenças crônicas.

Por outro lado, o Sistema Único de Saúde – SUS está gravemente enfermo! Nesse tocante, o ideal seria o enfrentamento do teto de gastos e da proposta de desvinculação de receitas da saúde.

Sabemos que os investimentos em saúde, educação, segurança, previdência, etc. estão congelados até o ano de 2036. Ou seja, nada do que o governo federal arrecadar a mais vai “a mais” para saúde, educação, previdência etc., pois o governo está proibido de aumentar despesas em termos reais (acima da inflação) pelos próximos 17 anos. (Grifo nosso).

O município

É público e notório que o município sofre também com a falta de médicos. Aliás, é inconcebível que em algumas Unidades Básicas de Saúde sejam as enfermeiras a avaliarem exames e a definirem diagnóstico!

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também tem sido bastante criticado pelo risco de precarizar o atendimento à população como forma de economia de verba.

Recuperação da estrutura física

Até 2004, a população contava com três hospitais em pleno funcionamento, período em que as queixas sobre o atendimento à saúde praticamente não existiam ou, no máximo, aconteciam de forma muito tímida e isolada.

Ocorreu que, a gestão da época, numa demonstração de total desinteresse pela saúde da população, priorizou questões políticas e cortou convênio com a Policlínica São Raimundo.

FOTO: Reprodução
Diante dessa atitude incoerente, a população teve o atendimento precarizado, sendo obrigada a dormir em filas, ou sair de casa de madrugada, para conseguir uma senha para um possível atendimento. Mais tarde, veio o fechamento do Hospital Ivan Rui, atualmente reduzido a escombros.



FOTO: Reprodução
De lá para cá tudo se resumiu em sofrimento para a população. Não seria exagero afirmar que nas estradas para Teresina, Caxias, Presidente Dutra e São Luis se ouve mais gemidos de doentes do que ronco de motores. Sofrimento diário de pessoas doentes e mal agasalhadas em ambulâncias sucateadas.

Medidas

Defendo a construção do Hospital Municipal Dr. Luís Gregório/HLG, com 100 leitos, o que pode ser feito através de consórcio com os municípios da região (Coelho Neto, Afonso Cunha, Duque Bacelar e Buriti) e através de convênio com o Estado.

Igualmente necessária é a reabertura dos Postos de Saúde da Zona Rural (Bonfim, Monte Alegre Santa Maria e Bananalzinho) com a disponibilização de ambulâncias semi-UTI, equipamentos modernos, medicamentos e atendimento diário.

FOTO: Divulgação
A transferência de recursos dos impostos muicipais, quais sejam: ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos; ISS – Imposto sobre Serviços e do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é algo que pode ser feito pelo setor de saúde do município. Logicamente, isso depende de deliberação da Câmara de vereadores, mas que pode ser facilmente aprovado.  

Uso da tecnologia

Para combater as filas e dar comodidade à população, defendo a efetivação da Central de Marcação de Consultas, totalmente informatizada, de modo que as pessoas possam marcar sua consulta diretamente do seu celular.

Humanização e valorização

Dificilmente haverá humanização sem a valorização do servidor público. No caso específico da Saúde, já está passando da hora de a categoria ter o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração - PCCR. Por outro lado, é humanamente impossível adotarmos hábitos mais apropriados, sob o prisma da ética e da moral, quando somos mal remunerados e inseguros (no caso dos contratados). 

O concurso público é a forma de dar segurança laboral para essas pessoas. Sobre esse tema falaremos em outra oportunidade.

Todavia, são medidas importantes que podem devolver alívio à população. Na oportunidade adequada nos reportaremos mais aprofundadamente.

Deixe aqui o seu comentário, suas ideias e a sua crítica. Coelho Neto exige a sua participação.

Milton Vieira é Jornalista, acadêmico em Pedagogia, Radialista e pré-candidato a prefeito de Coelho Neto.

Referência: redebrasilatual.com







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