SAÚDE EM COMA!
Milton Vieira*
Contexto
Atualmente, os principais problemas de saúde pública
no Brasil são a hipertensão, diabetes e obesidade. Essas doenças atingem
grande parte da população e necessitam de uma estrutura adequada dentro do SUS
para garantir um atendimento de qualidade para todos.
Entendo ser de urgência
urgentíssima a ampliação da atenção primária (profilaxia), o combate à poluição
ambiental, o enfrentamento de infecções transmissíveis como a dengue, a gripe e
o HIV, e de doenças crônicas.
Por outro lado, o Sistema Único de
Saúde – SUS está gravemente enfermo! Nesse tocante, o ideal seria o
enfrentamento do teto de gastos e da proposta de desvinculação de receitas da
saúde.
Sabemos
que os investimentos em saúde, educação, segurança, previdência, etc. estão
congelados até o ano de 2036. Ou seja, nada do que o governo federal arrecadar
a mais vai “a mais” para saúde, educação, previdência etc., pois o governo está
proibido de aumentar despesas em termos reais (acima da inflação) pelos
próximos 17 anos. (Grifo nosso).
O município
É público
e notório que o município sofre também com a falta de médicos. Aliás, é
inconcebível que em algumas Unidades Básicas de Saúde sejam as enfermeiras a
avaliarem exames e a definirem diagnóstico!
O Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) também tem sido bastante criticado pelo risco de precarizar o
atendimento à população como forma de economia de verba.
Recuperação da estrutura física
Até 2004, a população contava com
três hospitais em pleno funcionamento, período em que as queixas sobre o
atendimento à saúde praticamente não existiam ou, no máximo, aconteciam de
forma muito tímida e isolada.
Ocorreu que, a gestão da época,
numa demonstração de total desinteresse pela saúde da população, priorizou
questões políticas e cortou convênio com a Policlínica São Raimundo.
FOTO: Reprodução |
Diante dessa atitude incoerente, a
população teve o atendimento precarizado, sendo obrigada a dormir em filas, ou
sair de casa de madrugada, para conseguir uma senha para um possível
atendimento. Mais tarde, veio o fechamento do Hospital Ivan Rui, atualmente
reduzido a escombros.
De lá para cá tudo se resumiu em sofrimento para a população. Não seria exagero afirmar que nas estradas para Teresina, Caxias, Presidente Dutra e São Luis se ouve mais gemidos de doentes do que ronco de motores. Sofrimento diário de pessoas doentes e mal agasalhadas em ambulâncias sucateadas.
Medidas
Defendo a construção do Hospital
Municipal Dr. Luís Gregório/HLG, com 100 leitos, o que pode ser feito através
de consórcio com os municípios da região (Coelho Neto, Afonso Cunha, Duque
Bacelar e Buriti) e através de convênio com o Estado.
Igualmente necessária é a
reabertura dos Postos de Saúde da Zona Rural (Bonfim, Monte Alegre Santa Maria
e Bananalzinho) com a disponibilização de ambulâncias semi-UTI, equipamentos
modernos, medicamentos e atendimento diário.
FOTO: Divulgação |
A transferência de recursos dos impostos muicipais,
quais sejam: ITBI – Imposto sobre
Transmissão de Bens Inter Vivos; ISS – Imposto sobre Serviços e
do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) é
algo que pode ser feito pelo setor de saúde do município. Logicamente, isso
depende de deliberação da Câmara de vereadores, mas que pode ser facilmente
aprovado.
Uso da tecnologia
Para combater as filas e dar
comodidade à população, defendo a efetivação da Central de Marcação de
Consultas, totalmente informatizada, de modo que as pessoas possam marcar sua
consulta diretamente do seu celular.
Humanização e valorização
Dificilmente haverá humanização sem a valorização do servidor público. No caso específico da Saúde, já está passando da hora de a categoria ter o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração - PCCR. Por outro lado, é humanamente impossível adotarmos hábitos mais apropriados, sob o prisma da ética e da moral, quando somos mal remunerados e inseguros (no caso dos contratados).
O concurso público é a forma de dar segurança laboral para essas pessoas. Sobre esse tema falaremos em outra oportunidade.
Todavia, são medidas importantes
que podem devolver alívio à população. Na oportunidade adequada nos
reportaremos mais aprofundadamente.
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ideias e a sua crítica. Coelho Neto exige a sua participação.
Milton Vieira é
Jornalista, acadêmico em Pedagogia, Radialista e pré-candidato a prefeito de
Coelho Neto.
Referência: redebrasilatual.com
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