Após 15 anos a Câmara Municipal volta a ter eleição da Mesa Diretora em chapa única. Por 12 votos a favor e um voto em branco, os vereadores elegeram Júnior Santos para presidente da Casa. Ele vai comandar o parlamento durante o biênio 2023/24.
Em janeiro Júnior Santos assume o comando do parlamento prometendo lealdade aos colegas, solidariedade ao governo do prefeito Bruno Silva, gestão integrada e atuar para aproximar a Câmara da população.
Depois de intensas articulações, tanto do vereador Júnior Santos como predidente Rafael Cruz, a eleição aconteceu de forma democrática e republicana.
Momentos antes do início da sessão, o vereador, candidato a Presidente em chapa única, Júnior Santos, falou com exclusividade ao nosso portal sobre como pretende presidir o parlamento municipal.
Todo o processo eleitoral foi marcado pela isenção do prefeito Bruno Silva. Ele fez questão de não interferir na eleição por dois motivos fundamentais: primeiro, porque a disputa envolvia, como de fato envolveu, dois vereadores da bancada governista e, segundo, por entender se tratar de matéria exclusiva da Câmara.
Realizada a votação, o presidente Rafael Cruz convidou os vereadores Cláudio Furtado e Silas do Louro para procederem ao escrutínio, que revelou vitória da chapa única com 12 votos faroráveis e a penas 01 voto em branco. Com esse resultado, a Chapa foi proclamada eleita.
Da tribuna da casa, o presidente eleito Júnior Santos fez um breve relato focado na sua biografia parlamentar e baseado na gratidão.
O presidente que sai, Rafael Cruz, sob a batuta do pai, o ex-prefeito Antônio Cruz, tentou até os últimos instantes uma virada que pudesse garantir sua reeleição, mas, diante da incondicionalidade da maioria, optou por recuar. Porém, antes de encerrar a sessão, ele fez um discurso deixando clarividente a sua insatisfação com o pleito.
Disse inicialmente que, com relação o tratamento dispensado aos demais colegas estava tranquilo: "São treze vereadores que devemos dar suporte. Acredito que nessa parte eu não falhei", assentiu. Ele lamentou o fato de não ter sido convidado para discutir a composição da chapa.
No decorrer da sua metódica exposição, Rafael deixou escapar dúvidas quanto a isenção do governo no pleito e considerou um perigo o que chamou de alternância de poder, e deu a entender que isso ficou muito claro mediante o fato de apenas o vereador Júnior Santos ser a única mudança na chapa, o restante da composição estava formada pelos mesmos nomes da atual mesa diretora.
Outro fato bastante curioso foi a sua afirmativa de que, mesmo que quisesse, não poderia deixar o governo, pois, segundo ele, está no coração (na consideração) de muita gente dentro do governo.
Um assunto bastante discutido é: Quem votou em branco? Analistas de plantão sustentam que Cláudio Furtado não foi. Mesmo sendo ele o mais radical da oposição, devido a sua estreita relação com Júnior Santos, acham que ele votou na chapa única. Outros comentários apontam para o presidente Rafael, mesmo tendo afirmado em plenário ter votado na chapa pela eleição do seu colega.
Contudo, as dúvidas, os debates e as insatisfações fazem parte do processo democrático. Assim está feito.
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