Ah, o Dia do Trabalhador... data em que se celebra o suor, a dignidade e o valor do povo! Mas em Duque Bacelar, graças ao prefeito Flávio Furtado, a comemoração virou palco de um espetáculo lamentável — com direito a vexame público, humilhação e uma pitada generosa de autoritarismo de botequim.
No centro da cena, o grande protagonista: o próprio prefeito, sempre tão habilidoso em transformar qualquer momento cívico em um circo de constrangimento. Durante o evento, enquanto posava ao lado do blogueiro Antenor Vieira (só faltou a moldura dourada), Flávio teve um surto de estrelismo e decidiu que era hora de "limpar sua cozinha". A vítima? Um cidadão com necessidades especiais e o já conhecido George, o blogueiro “eventual”, aquele mesmo que o prefeito — num acesso de sabedoria — já mandou plantar uma roça, pois, segundo Sua Excelência, ele “não serve pra ser blogueiro”. Que homem de visão!
A tentativa patética de afastar os dois do cenário — como se fossem um erro de figurino em sua peça narcisista — diz muito mais sobre o prefeito do que sobre os alvos do seu desprezo. Ao tentar "descolar sua imagem" deles, Flávio não conseguiu outra coisa senão escancarar sua pequenez política e humana. Afinal, que líder se sente ameaçado por um eleitor com deficiência e um blogueiro de ocasião? Só alguém muito inseguro… ou muito arrogante… ou ambos.
O gesto, além de cruel, foi simbólico: desprezar quem representa os mais vulneráveis é o mesmo que cuspir na cara dos próprios eleitores. Se a intenção era desmoralizar os outros, o tiro saiu pela culatra — porque quem se desmoralizou foi o próprio prefeito. Aliás, bem feito!
Duque Bacelar viu, riu (ou chorou) e anotou. Porque certas atitudes dizem mais que mil discursos de palanque.
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