Por incrível que pareça — ou não — os bastidores da política tupiniquim estão mais animados que novela das nove.
A Família Furtado, que já teve seus dias de glória (e de tropeço), agora protagoniza uma espécie de reality show político com direito a traições, reviravoltas e até plano de fuga! Sim, meus caros, corre a boca miúda de que os Furtado estariam de malas prontas para Coelho Neto, onde pretendem instalar uma espécie de “cleptocracia delivery”, com sotaque bacelarense e currículo de fiascos.
A trama se intensifica com a recente decisão de Flávio Furtado, o patriarca do improviso, que resolveu abandonar a nau furada do irmão Cláudio Furtado, após este ser atropelado nas urnas por Bruno Silva em 2024 — uma derrota daquelas que faz até o WhatsApp silenciar por luto. Agora, Flávio quer apostar suas fichas no genro, o vereador Samuel Aragão, ou, como já atende nos corredores do poder, “Samuel Furtado”. Aparentemente, a convivência entre sogro e genro nas dependências da Prefeitura de Duque Bacelar criou mais que laços: formou uma aliança digna de série épica.
Mas como toda boa história tem o seu rebelde, João Furtado, o terceiro irmão, resolveu remar contra a maré da renovação e defende a candidatura repetida de Cláudio, o que torna o café da manhã de fim de semana da família uma verdadeira convenção partidária sem quórum. Cláudio, por sua vez, bateu o pé e disse que se for pra perder de novo, que perca em grande estilo: como cabeça de chapa.
Só que nem tudo são farofas no piquenique político dos Furtado. Eles ainda enfrentam dois “pequenos” obstáculos rumo ao trono coelhonetense: primeiro, a dificuldade crônica de formar um grupo competitivo — afinal, parente não vale como base eleitoral; e segundo, a eterna desconexão com as causas do povo. Em tempos de rede social, ninguém quer saber de promessa genérica e improviso marqueteiro.
E vamos combinar: repetir receita ruim esperando um prato novo nunca deu certo. Ainda mais quando do outro lado está Bruno Silva, político articulado, inteligente e com faro apurado para os humores da população. Enquanto os Furtado disputam entre si quem vai perder, Bruno Silva segue firme, com a faca eleitoral nos dentes e a popularidade no bolso.
A disputa agora é familiar, sim — mas o eleitor, esse parente distante que só aparece a cada quatro anos, já entendeu que entre brigas domésticas e gestão pública, o ideal é manter uma boa distância.
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