Tem político que acha que Coelho Neto é cenário de novela das seis — onde tudo pode ser roteirizado, controlado e editado com filtro de Instagram. Mas a realidade, meus caros, é bem mais dura. E quem se arrisca a brincar de “cabo eleitoral estrela” sem saber o jogo, acaba como o nosso ilustre vereador: remando contra a maré... com uma canoa furada.
O moço, recém-chegado ao universo político, ainda não entendeu que a cidade tem olhos — e que ninguém aqui nasceu ontem. Tentando bancar o estrategista, escondeu umas canoas nos bastidores, pronto pra fazer um evento relâmpago e impressionar os pré-candidatos que ele vive alimentando com promessas mirabolantes. Mas a população, mais esperta que ele, descobriu tudo. Resultado? Teve que antecipar a entrega, sem pompa, sem glória, sem foto boa pro feed.
E essa não foi a única lambança. O tal “lava-prato” de Carnaval foi um fiasco digno de memes. O “Dia do Trabalhador”, que prometia ser um marco, virou piada de boteco. E a entrega das canoas... bom, já dissemos: por água abaixo — literalmente.
Agora, ele se vê num dilema shakespeariano: como convencer os pré-candidatos (que já estão com a pulga atrás da orelha e o bolso trancado) a financiar uma “pré-campanha” em Coelho Neto? Vai ter que rebolar, rodopiar e, quem sabe, fazer promessa a um bom santo, porque discurso já não cola mais.
E como desgraça pouca é bobagem, ele e o sogro — esse último, prefeito de uma cidade onde até as paredes andam com medo de serem saqueadas — já estariam articulando nos bastidores uma mudança na assessoria digital. O atual blogueiro, que só publica os vídeos que a “Desinformação & Cia” manda, estaria com os dias contados. O substituto? Um novato da cozinha do sogrão, que já teria até gravado o famigerado “papai do prefeito”, aquele que eles dizem odiar, num telefonema nada amigável, incentivando o velho a meter o pau em todo mundo: governo, filho, vizinho e até o cachorro da família.
Se essa gravação vier à tona, o caldo entorna. Porque, por mais que o povo goste de um barraco, o que ninguém mais tolera é politicagem rasteira disfarçada de esperteza. E nessa novela mal escrita, tá todo mundo percebendo quem é ator canastrão e quem é só figurante tentando aparecer.
Canoas, promessas, vídeos secretos e vaidades infladas... a política local virou reality show. Mas, como já diz o ditado: quem não sabe remar, não pega no remo.
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