A população do município de Coelho Neto amanheceu, mais uma vez, frustrada e revoltada com o serviço prestado pela agência do Banco Bradesco, que na prática, foi reduzida a um mero posto de autoatendimento — e mesmo esse tem falhado sistematicamente.
Nesta terça-feira (3), a situação chegou ao limite: os caixas eletrônicos da agência estavam, em sua totalidade, fora de operação. Uns desligados, outros com falhas técnicas, e todos, sem exceção, sem qualquer quantia disponível para saque. O que deveria ser um serviço bancário mínimo transformou-se em um verdadeiro pesadelo para os correntistas.
A falta de dinheiro nos caixas eletrônicos, que tem sido recorrente, vem causando revolta generalizada entre os clientes. Servidores públicos, aposentados, pensionistas e, sobretudo, idosos da zona rural — que enfrentam longas distâncias até a sede do município — são os mais penalizados com o descaso. Muitos chegam à agência com dificuldades de locomoção, enfrentam filas e calor, para dar de cara com máquinas inoperantes e total ausência de atendimento humano eficiente.
O desrespeito se soma à negligência. É inadmissível que um banco da dimensão do Bradesco, com lucros bilionários, trate sua clientela com tamanho desprezo, em especial em municípios do interior, onde a dependência da única agência disponível é total. O sofrimento imposto a uma população já vulnerável é revoltante — e não há justificativa técnica ou operacional que amenize tal abandono.
Diante da situação, parte dos correntistas já começou a se mobilizar para acionar o PROCON e demais órgãos de defesa do consumidor. A medida visa responsabilizar a instituição financeira por sua conduta lesiva, além de exigir providências imediatas e efetivas. A população de Coelho Neto merece respeito, atendimento digno e acesso aos seus próprios recursos sem humilhação ou sofrimento.
O que ocorre na agência do Bradesco em Coelho Neto não é apenas uma falha operacional — é uma afronta aos direitos do consumidor e um retrato cruel do descaso institucional com o povo do interior. A comunidade clama por providências urgentes e por justiça. Não é favor: é obrigação. E o silêncio diante disso também será cúmplice.
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