segunda-feira, 23 de junho de 2025

MA: Prefeito Flávio Furtado articula sucessão e dá sinais claros de traição ao vice-prefeito Raimundinho.


A pequena Duque Bacelar vive mais um capítulo da instabilidade política que tem marcado a gestão do prefeito Flávio Furtado. 



Em meio a uma enxurrada de denúncias que assombram sua administração, o gestor tenta desviar o foco da opinião pública ao acionar um blog aliado para ventilar supostos nomes que poderiam sucedê-lo. O movimento, no entanto, evidencia algo ainda mais grave: a tentativa de atropelar os compromissos políticos firmados com seu atual vice-prefeito, Raimundinho (MDB), e o desprestígio crescente do mesmo dentro da atual gestão.


Raimundinho, figura tradicional da política bacelarense, foi convidado a compor a chapa majoritária em 2020. Aceitou o desafio, manteve sua posição em 2024 e ajudou a garantir duas vitórias consecutivas ao lado de Flávio. Mesmo com essa trajetória de lealdade, jamais ocupou qualquer cargo de destaque na administração municipal, e agora, ao que tudo indica, está sendo escanteado do processo de sucessão — uma clara traição política.


Fontes de bastidores apontam que, apesar de não manifestar abertamente desejo de ser o sucessor direto de Flávio, Raimundinho esperava ao menos que seu grupo fosse ouvido e respeitado na definição de um nome de consenso. Ao contrário disso, o prefeito tem ventilado outras possibilidades, sem sequer consultar seu vice. Há quem diga, inclusive, que Flávio já teria um nome em mente: um sobrinho, filho de Cláudio Furtado — este  último, derrotado para prefeito de forma vergonhosa em Coelho Neto, na eleição anterior. A tentativa de ressuscitar um “projeto familiar” estaria, portanto, no centro da articulação.


A manobra é malvista por aliados e pode provocar rachaduras irreversíveis no grupo político do prefeito. A possibilidade de Raimundinho migrar para a oposição, caso seu grupo continue sendo desrespeitado, já é ventilada à "boca miudíssima". Segundo fontes próximas, ele estaria profundamente incomodado com o lançamento de pré-candidaturas sem seu aval, especialmente por se considerar o legítimo herdeiro político dentro da atual conjuntura.


“Nem Leojaime, nem Mimi, nem o indicado de Raimundinho…”, dizem os mais atentos aos bastidores, sinalizando que Flávio estaria isolando até mesmo nomes com mais densidade eleitoral dentro do próprio grupo. Com isso, corre o risco de sacrificar sua base aliada por uma aposta pessoal — e arriscada.



O desrespeito ao vice vem de longe. Raimundinho já havia começado a perder prestígio dentro da gestão quando sua esposa foi exonerada do cargo de adjunta de assistência social, sem maiores explicações ou reposicionamento político. Desde então, ninguém próximo a ele ocupa espaço de relevo na administração, o que reforça a leitura de que está sendo sistematicamente desidratado.


Caso o prefeito insista em ignorar acordos, desvalorizar aliados históricos e priorizar um projeto familiar, pode sair da prefeitura com o selo de traidor — um título que, na política, é difícil de reverter. Afinal, como se diz por aqui, o povo pode até aceitar muita coisa, mas traição política, ainda mais contra um companheiro de duas eleições vitoriosas, o povo não costuma perdoar.



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