A crise financeira que assola o município de Duque Bacelar chegou ao limite. Após anos de má gestão e uso desenfreado de recursos extraordinários como os empréstimos e as polêmicas emendas "PIX", a fonte secou.
Agora, sem dinheiro novo entrando nos cofres, o que se vê é uma quebradeira generalizada, com demissões em massa e ameaças reais à subsistência de quem mais precisa: os aposentados e pensionistas.
A informação de que 30% dos contratados da prefeitura serão dispensados já chocou a cidade, mas a situação é ainda mais grave. O FAPEDUQUE — Fundo de Aposentadoria e Pensão do Município — está à beira da falência. Segundo informações levantadas por nossa reportagem, o rombo nas contas do fundo é alarmante, resultado direto da irresponsabilidade administrativa do atual prefeito, Flávio Furtado.
De acordo com dados extraídos do Portal da Transparência, entre 1º de janeiro e 24 de junho de 2025, os repasses da prefeitura ao FAPEDUQUE somaram irrisórios R$ 12.663,03. Isso mesmo: em quase seis meses, a gestão municipal não destinou nem 5% do valor necessário para manter a folha de pagamento dos inativos, que, conforme registros anteriores, gira em torno de R$ 250 mil por mês.
Diante desse cenário, os vencimentos dos aposentados vêm sendo pagos graças ao que restou de aplicações financeiras e capital acumulado durante gestões anteriores — especialmente a do ex-prefeito Jorge Oliveira, que deixou o fundo com saldo positivo e investimentos aplicados. No entanto, como diz o ditado popular, "de onde se tira e não se põe, uma hora acaba". E esse fim parece estar próximo.
Para piorar, a prefeitura retirou do ar todas as informações relativas à folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do portal da transparência, o que levanta suspeitas e aprofunda o clima de insegurança entre os beneficiários. A falta de prestação de contas e de repasses regulares pode comprometer não apenas os pagamentos, mas o próprio funcionamento do fundo.
Com a cidade em colapso administrativo, a máquina pública estagnada e sem perspectivas de recuperação a curto prazo, os duquebacelarenses que dependem direta ou indiretamente da prefeitura — em especial os aposentados — vivem agora um drama que coloca em risco a própria sobrevivência. O que se pergunta nas ruas é: quem vai responder por esse desastre anunciado?
Enquanto isso, o silêncio do prefeito Flávio Furtado ecoa como um grito de descaso.
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