Foto: Reprodução |
O município de Coelho Neto vive um
momento complicado alimentado, ao meu ver, por opiniões egoístas e interesses
políticos mesquinhos. Aliás, todo e qualquer interesse político que não
contemple o verdadeiro anseio da coletividade é casuísta e egoísta.
Nas redes sociais há os que se
colocam na condição de opositores, a maioria por não ter seus interesses
pessoais satisfeitos ou por não aceitar o resultado das urnas, mesmo
transcorridos mais de 24 meses da última eleição municipal. Mas, isso “são
coisas da democracia”!
Oposição sem líder
Uma oposição sem líder não tem
projeto político. A crítica (ou o falatório) a governos e mandatários não é
adubado com opiniões sensatas. Ninguém se apresenta com uma ideia de solução.
Para ela, a crítica só tem um objetivo: expor governos e gestores ao desprezo
público. E este é, sem dúvida, o caminho mais tortuoso para se chegar ao poder.
Contudo, e na condição de órfão da oposição, pretendo percorrer os caminhos que levaram o povo ao abismo
cruel das necessidades, aberto pela corrupção, pela falta de sensibilidade, pela
ingerência pública e pela irresponsabilidade política. Sei que haverá
comentários tipo: Se vendeu! É traidor!
Tá cuspindo no prato que comeu! etecetera e tal. Isto também são coisas da
democracia, kkkk!
Coelho Neto passou dezenas de anos
dependendo economicamente do grupo João Santos. Antes da crise, o município
adotava a política do assistencialismo, respaldado no fato de que ninguém
reclamava do desemprego. O grupo industrial absorvia toda a mão-de-obra local.
O comércio crescia em ritmo acelerado.
Aí, veio a crise. A princípio,
suportável. Depois, impetuosa.
Esse impacto impetuoso negativo na economia
veio como algo divino, para mostrar o quanto que gestores mal intencionados se
aproveitaram desse conforto econômico para iludir o povo com falácias e
dilapidar o erário público.
O engodo trouxe a superlotação dos
cemitérios e transformou hospitais tradicionais em meros esqueletos.
Também na Saúde Coelho Neto é
apenas o reflexo do que ocorre Brasil a fora.
Flagra
Recentemente, flagrei uma
ambulância do município de Caxias trazendo pacientes do povoado Caiçara para
receberem atendimento na UPA de C. Neto! Aquilo atraiu minha atenção. Fui
informado que a procura por atendimento naquela unidade de saúde se deu para
economizar gasolina, vez que do povoado Caiçara para Coelho Neto é mais próximo do que para Caxias. Fato!
Foto: diretoaoassuntocn |
Isso significa que a saúde local, mesmo sendo de média complexidade, nunca deixou de prestar atendimento, mesmo estando em patamar inferior no que
diz respeito aos recursos federais.
Esta é uma verdade que precisa ser
dita. Porém, quem tem a função de informar não o faz, preferindo a zona de
conforto que somente a incompetência e a preguiça são capazes de proporcionar.
Somos hoje, quase 50 mil
habitantes. Destes, algo em torno de 10 por cento procuram diariamente por
atendimento de saúde.
Nos portais de transparência, o
município recebe recursos inferiores a 1 milhão e 400 mil reais por mês para
manter os seguintes serviços: funcionamento da UPA, Casa de Saúde, Centro de
Imagem, 7 UBS’s, estoque de medicamentos da Farmácia Básica, circulação de
veículos na sede e nos deslocamentos para outros centros. Daí, o aperto que
sufoca a tudo e a todos da região, e do qual se aproveita a imprensa marrom. Esta, cínica e
complacentemente apoia o caos, esquecendo que um dia poderá ser “Poder”
novamente, e com certeza jogará nas costas do povo as medidas para corrigir o
que deveriam ter ajudado a evitar hoje.
As circunstâncias atuais exigem
muito do civismo e, mais que tudo, do discernimento de cada um. As divergência
são inevitáveis, mas a sensatez é sempre bem-vinda! O resto quem decide é o
povo, mas isto só em 2020.
Na edição de amanhã (23):
TUDO SOBRE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO RIO PARNAÍBA - Como o desvio dos recursos dificulta a conclusão do projeto que previa o fornecimento de água tratada para a população durante 50 anos.
Na edição de amanhã (23):
TUDO SOBRE A CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO RIO PARNAÍBA - Como o desvio dos recursos dificulta a conclusão do projeto que previa o fornecimento de água tratada para a população durante 50 anos.
Gostei!
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