MA: VEREADORES DE COELHO NETO SE REÚNEM COM GERENTE INTERVENTOR DO G.I.J.S PARA TRATAREM DA PERMANÊNCIA DE MORADORES NO POVOADO BREJINHO.
A preocupação dos parlamentares é que a propriedade seja vendida e os moradores sejam obrigados a desocupar a área.
A reunião, marcada para às 10 horas de ontem (12), só aconteceu por volta do meio dia, porque o gerente Silas Carvalho estaria em outra reunião com arrendatários.
O vereador e presidente da Câmara Júnior Santos, após apresentar os colegas de parlamento presentes na reunião e frisar a parceria exitosa entre o município e aquele grupo empresarial, fez um breve relato sobre o caso Brejinho e da preocupação do Poder Legislativo municipal diante da possibilidade de remoção dos moradores para outro local.
Conforme o gerente interventor Silas Carvalho, o Grupo pretende vender cerca de 20 mil hectares de suas propriedades, tidas como ativos de sua recuperação judicial. "O grupo teve a preocupação de pedir ao proponente comprador que colocasse na proposta que não iria ter problemas com os moradores e que isso seria responsabilidade dele", disse.
Silas não quis citar o nome do possível comprador, mas enfatizou que foi firmado o compromisso de não "mexer" com os moradores.
Os vereadores, um por um, questionaram essa visível transferência de responsabilidade e pediram uma garantia de que a remoção dos moradores de fato não acontecerá.
Sem dar qualquer garantia, o gerente Silas Carvalho voltou a frisar que a remoção só vai atingir os arrendatários. "Explicamos aos que têm contratos de arrendamentos que a pessoa que está comprando quer as áreas arrendadas. Inclusive, estamos disponibilizando outras áreas para os arrendatários e colocando toda estrutura necessária para a remoção desses arrendatários", afirmou.
Júnior Santos voltou à preocupação com os moradores e, depois da afirmativa de Silas de que isso seria uma responsabilidade do comprador, sugeriu que as áreas ocupadas fossem negociadas e vendidas diretamente àquelas famílias.
O vereador Rafael Cruz pediu a palavra para esclarecer que no povoado em questão existem benefícios públicos que precisam ser considerados. "O município tem parceria com o grupo, mas não tem com o comprador . Então, a nossa proposta é no sentido evitar "briga" desnecessária. A gente tem o Brejinho como um povoado altamente beneficiado com estrada, água encanada, energia e investimentos em agricultura e pecuária. A gente quer assegurar isso, porque são 20, 30, 35, 40 anos de moradia", assentiu.
Rafael ainda sugeriu que as áreas ocupadas nos povoados Brejinho e Ermo ficassem fora da pretensão de venda para serem negociadas diretamente com os moradores.
Silas falou da impossibilidade de isso acontecer, porque, segundo ele, o grupo tem que seguir determinação judicial. Diante da negativa do gerente interventor, Rafael Cruz chamou a atenção para a possibilidade do que chamou de "conflito de direitos". "Tem morador que nasceu lá, e tem toda uma história, também", alertou.
Silas respondeu citando palavras do proponente comprador: "Não, com morador eu não quero problema. Provavelmente, até passar escrituras, se for preciso, eu passo", teria assegurado o proponente.
Os vereadores sairam da reunião dispostos a continuarem na luta pela permanência dos moradores na propriedade. O blog está acompanhando todos os acontecimentos sobre esse fato. Mais informações a qualquer momento.
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