quarta-feira, 3 de setembro de 2025

MA: "Enquanto prefeito ostenta luxo, crianças de Duque Bacelar vão à escola como carga", diz vereador.


Alunos da Rede Municipal de Duque Bacelar são transportados em carroceria de caminhonete, denuncia vereador Betim.



O descaso da gestão municipal de Duque Bacelar com a educação voltou a ser alvo de críticas, após a denúncia feita pelo vereador Betim do Sacolão. Durante visita ao povoado João Dias, o parlamentar flagrou estudantes da Rede Municipal de Ensino sendo levados para a escola de forma irregular e desumana: na carroceria de uma caminhonete.




Para Betim, a situação representa um retrato vergonhoso da falta de compromisso da administração com a dignidade das crianças da zona rural.

— “Isso é uma falta de respeito para com o ser humano. Alunos não têm o direito a um transporte escolar digno. Eu reafirmo, como vereador, que irei lutar para que essa realidade mude, através de Comunicação de Fato que irei protocolar no Ministério Público” — destacou.


A denúncia reforça o clima de indignação que cresce entre pais e moradores da comunidade, que veem seus filhos expostos a riscos diários em veículos improvisados, sem segurança e sem qualquer condição adequada para o transporte escolar.


Segundo o vereador, enquanto alunos da rede pública enfrentam humilhação e perigo para ter acesso à sala de aula, o prefeito e seus familiares ostentam vida de luxo dentro e fora de Duque Bacelar, ignorando os problemas básicos da população.


O transporte irregular de estudantes, além de imoral, é ilegal, já que desrespeita as normas de segurança e expõe menores a acidentes graves. A situação escancara a falta de zelo e planejamento da gestão municipal, que deveria garantir condições mínimas de acesso à educação.


O caso será levado ao conhecimento do Ministério Público, que poderá apurar responsabilidades e adotar medidas legais contra mais esse episódio de negligência com a população de Duque Bacelar.

MA: Reunião do MDB e PDT expõe crise política e desrespeito a aliados em Duque Bacelar


Na noite da última terça-feira (2), às 19h, uma reunião entre lideranças do MDB e PDT, realizada na residência do casal Burlamaqui, escancarou a crise política que se abate sobre o grupo governista em Duque Bacelar. 




A pauta do encontro girou em torno dos recentes rompimentos do vice-prefeito Raimundinho (MDB) e do vereador Betim do Sacolão (MDB), ex-líder do governo na Câmara Municipal.

O ponto mais polêmico da noite partiu do ex-prefeito Chico Burlamaqui, que depois de desafeto e algoz agora se apresenta como “co-irmão” político do prefeito Flávio Furtado. Em tom de deboche e ironia, ele lançou uma declaração que soou ofensiva e, para muitos, absolutamente desrespeitosa: “Vice-prefeito só serve pra duas coisas: quando o prefeito morre, ele assume, e quando o prefeito é cassado, ele assume. E, depois disso, ele não tem valor, é só status.”

A fala, para a maioria dos presentes, caiu como a maior ingratidão para com o vice-prefeito. 

Raimundinho, conhecido por sua postura conciliadora e por manter fidelidade histórica aos Burlamaqui, foi atingido não apenas em sua função institucional, mas também em sua dignidade pessoal. Por anos, ele se manteve fiel ao grupo, suportando, muitas vezes a contragosto, os desmandos políticos de Flávio Furtado em nome da aliança e da gratidão que nutria pela família Burlamaqui.

No entanto, a declaração de Chico Burlamaqui expôs o que muitos já desconfiavam: para ele, o valor de uma liderança política não está na lealdade construída ao longo do tempo, mas na subserviência aos seus interesses e conchavos. Foi uma fala que ultrapassou os limites do debate político, rebaixando a figura do vice-prefeito a uma condição de desprezo e inutilidade.

Analistas locais apontam que a forma desdenhosa como Raimundinho foi tratado revela a verdadeira face de Chico Burlamaqui, que, ao contrário da imagem de aliado solidário que sempre buscou cultivar, mostrou-se insensível à trajetória de um dos homens que mais lhe foram fiéis na política. Para muitos, o episódio não só marca a ruptura de uma relação, como também simboliza um modelo de liderança autoritária e desrespeitosa, que não admite divergências nem reconhece o valor da lealdade.

Vale lembrar que a família Burlamaqui mantém forte influência na administração municipal, controlando a Secretaria de Saúde — setor citado pela Revista Piauí em denúncias de supostos desvios de milhões de reais em emendas parlamentares. Na boca do povo, ainda circulam informações sobre salários de cinco dígitos recebidos por Chico Burlamaqui, o envolvimento de seu genro na folha de pagamento da saúde e o cargo ocupado por sua filha na pasta. Além disso, há rumores sobre uma negociação envolvendo a venda de um sítio para o prefeito Flávio Furtado, assunto que deve render novos desdobramentos.

A reunião, que deveria ser um espaço de diálogo e conciliação, terminou por reforçar a imagem de intolerância e de menosprezo aos aliados. Mais do que um embate político, ficou registrado um episódio de desrespeito pessoal e público, que pode ter consequências profundas no xadrez eleitoral de Duque Bacelar.