Para quem teve coragem — e estômago — de assistir à entrevista do prefeito de Duque Bacelar, Flávio Furtado, em um obscuro podcast de Coelho Neto, a sensação foi a de estar diante de um político desnorteado, tentando ainda acreditar em uma bolha que já estourou.
A repercussão foi um estrondoso silêncio, com a exceção das gargalhadas dos que não resistiram ao espetáculo.
O “leãozinho de pelúcia”, como já é chamado nas rodas políticas, blefou do início ao fim, em uma performance mais cômica que convincente. Sem o vice Raimundinho e sem seu ex-braço forte na Câmara, Betim do Sacolão — que lhe deram as costas nos últimos dias —, Flávio parecia um artista decadente insistindo em encenar uma peça já fora de cartaz.
Passou boa parte da entrevista mirando no prefeito de Coelho Neto, Bruno Silva, talvez na tentativa de mudar o foco dos próprios fracassos. Arriscou até uma de vidente, garantindo que Bruno perderá cinco vereadores, como se tivesse acesso a uma bola de cristal política que até agora não previu a debandada do próprio grupo.
Ajudar, disse que vai. Ajudar quem, não explicou. Porque nem os seus em Duque Bacelar andam muito dispostos a segurar a barra ao lado do prefeito. Se não consegue manter seus próprios aliados, é difícil imaginar que seja capaz de “socorrer” os dos outros.
Ao final, o saldo da entrevista foi exatamente o esperado: nada de novo, tudo de velho. Uma tentativa frustrada de mostrar força, mas que acabou revelando ainda mais a fragilidade de um governo que parece não saber para onde ir.
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