Márcia Bacelar estaria querendo voltar à prefeitura e, pelo visto, toparia qualquer negócio.
Depois de cumprir condenação de 8 anos por improbidade administrativa e há quase 20 anos sem disputar uma eleição, Marcia Bacelar, que governou o município de 1997 a 2004, estaria querendo entrar na disputa em 2024.
Ela teria recuperado seus direitos políticos no início deste ano, quando foi autorizada pela justiça eleitoral a fazer o título de eleitor.
Durante todo esse tempo, ela esteve distanciada da população, aparecendo somente em épocas de eleição para pedir votos e ganhar dinheiro com o seu apoio político.
Segundo os rumores, Márcia Bacelar estaria provocando uma espécie de rompimento com a prefeitura de Coelho Neto, onde é detentora de vantagens financeiras e privilégios na folha de pagamento, com a inclusão de elevado número de nomes indicados por ela.
Pessoas ligadas à ex-prefeita deixaram vazar que ela estaria forçando o rompimento para não sofrer desgaste com as eventuais perdas desses privilégios, e se sobressair como vítima, o que no pensamento dela, seria bastante positivo para a sua campanha.
A sua administração foi uma das que mais geriu recursos públicos. Também foi uma das mais escandalosas! Dentre esses escândalos está a constatação de manipulação de programas sociais como o PCPR, também conhecido como Comunidade Viva, do governo do Maranhão, durante a gestão de Roseana Sarney.
Segundo a jornalista Elvira Lobato, do Portal UOL, políticos ligados aos Sarney apadrinharam benfeitorias para comunidades carentes com verba do Banco Mundial.
Em sua reportagem, a jornalista afirma que deputados federais e estaduais da base da governadora Roseana Sarney lotearam politicamente o maior programa de combate à pobreza rural do Maranhão.
O Comunidade Viva tinha 65% de seus recursos repassados a fundo perdido, pelo Banco Mundial - o que, de 1998 a 2003, representou cerca de 80 milhões de dólares.
Nesse loteamento estaria o então deputado estadual Antonio Bacelar, esposo de Márcia. A distribuição dos projetos entre os deputados que compunham a base de apoio à governadora foi admitida publicamente, pela primeira vez, em 1999, durante a CPI que investigou o crime organizado no Maranhão e cassou os ex-deputados estaduais Francisco Caíca Marinho e José Gerardo Abreu.
Em Coelho Neto, o programa teria sido destinado para garantir eletrificação rural, casas de farinha e sistemas simplificados de abastecimento d'água, porém, teria sido manipulado pelo casal Bacelar. Sobre como se deu essa manipulação, a denúncia ao Procurador Geral do Estado e a condenação nos reportaremos em outra matéria.
Durante todo esse tempo sem mandato, Márcia Bacelar passeou pelo palanque do PT, apoiando o então em candidato Américo de Sousa.
Em 2018, ela testou sua popularidade apoiando o então candidato a deputado estadual Zé Gentil, pai do prefeito de Caxias Fábio Gentil, mas, juntamente com o seu grupo, teria conseguido pouco mais de mil votos, total muito abaixo do que havia prometido. Esse fato teria aborrecido muito o prefeito Fábio Gentil.
Sob um céu de brigadeiro, o prefeito de Coelho Neto Bruno Silva a tudo assiste, a todos ouve, nada comenta.
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