Trabalhadores de todas as categorias participam do Dia Nacional de Paralisação |
A classe
trabalhadora começou a ocupar as ruas de todo o país desde as primeiras horas
desta quarta-feira, 15 de março, para um Dia Nacional de Paralisação. A data,
que marca o início da greve geral dos trabalhadores da educação, será encorpada
por diversas categorias de trabalhadores, como servidores públicos municipais,
estaduais e federais; do transporte coletivo; metroviários; metalúrgicos; bancários, entre outros, e, ainda
pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular, MST e MTST. Centrais sindicais e movimentos populares apostam no dia
nacional de paralisação, para influenciar as votações no Congresso contra as
propostas de reformas Trabalhista e da Previdência Social.
No
Congresso
(Foto: EXAME.com) Sessão da Câmara Federal |
Enquanto
isso, as reformas seguem em discussão na Câmara dos Deputados. Amanhã, quinta
(16), às 9h30min, haverá novas reuniões da Comissão Especial que discute a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 287, de reforma da Previdência. Às 09h00, também se
reúnem os parlamentares que analisam o Projeto de Lei 6.787, que propõe
mudanças na legislação trabalhista. As centrais se dividem entre apresentar
emendas e vetar integralmente os textos governistas. Ambas as propostas serão
alteradas, tanto nas comissões como em plenário, afirma o analista política
Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap). "A reforma da Previdência, como está formatada, não passa no
Congresso Nacional, nem na Câmara e nem tampouco no Senado. Como o governo
pesou muito a mão quando elaborou a proposta, o Legislativo não terá como não
fazer adequações, mudanças e aperfeiçoamentos no texto, pois se assim não
fizer, os projetos eleitorais e reeleitorais dos congressistas estarão
ameaçados", escreveu em artigo. Em relação ao PL 6.787, a avaliação é
menos otimista. Para o assessor parlamentar, o texto será alterado para pior.
"A PEC 287 é criticada por todos, da base do governo à oposição. A
trabalhista não. Só a oposição faz críticas ao texto do governo. Isto é um
indicativo objetivo que o projeto será 'turbinado' pela maioria da
Câmara." Segundo Verlaine, a bancada empresarial no Congresso trabalha
para tornar o projeto menos "tímido", citando definição do próprio
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Protestos
Em
Brasília, o ato iniciou na frente da Catedral, na Esplanada dos Ministérios,
com concentração às 8h. Já em São Paulo, o protesto está marcado para as
16 horas, na frente do Masp, na Avenida Paulista. Apenas o estado do Mato
Grosso do Sul não possui manifestações agendadas, segundo informações
divulgadas pela CUT. Os protestos envolvem categorias dos setores
de transportes, educação, estudantes, bancários, trabalhadores dos Correios,
entre outros.
*EXAME.com - Portal Terra.com
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