sábado, 16 de fevereiro de 2019

LOBOS DE PLANTÃO

Foto: Reprodução

Existe uma casta abundantemente comum de político que, ao se candidatar, vira outra pessoa: de uma hora para a outra, passa a cumprimentar todo mundo, interessa-se pelos problemas dos mais humildes, dedica atenção a todos, sejam ricos ou pobres, olha nos olhos e procura transmitir cordialidade, sinceridade e piriri, pororó. Pessoas costumeiramente fechadas – algumas até arrogantes e antipáticas – como num passe de mágica, quando se candidatam, transformam-se em simpáticas e atenciosas figuras, acessíveis a todos.  Porém, passada a eleição tudo volta ao normal. Principalmente diante de uma derrota, o lobo rapidamente tira a pele de cordeiro e volta ao seu estado de natureza.

Por conta disso, o interesse do povo volta ao status quo, até que sobrevenha nova campanha eleitoral, em que o oportunismo de plantão fará com que as esperanças do povo sejam renovadas, com as conhecidas e manjadas promessas que eles bem sabem nunca sairão do papel.

Como o povo, além de boa-fé, tem a memória curta, muitos desses oportunistas voltarão e, com um discurso recauchutado, repetirão a cantilena do velho roteiro previamente traçado, em que a ordem é transmitir sinceridade e esperança, e prometer progresso, geração de empregos, boas escolas, saúde, etc.

Considero Coelho Neto um município hospitaleiro desse tipo astuto. Acompanho com muita preocupação nas redes sociais a veiculação de publicações exaltando esses “oportunistas”, mesmo distante ainda do período eleitoral. Isto, a meu ver, funciona como uma espécie de construção da estrada da mentira e da enganação.

Superlativamente preocupante é a excitabilidade do eleitorado coelhonetense. Muitos eleitores não valorizam os passos para chegarem até a urna eletrônica. Votam em qualquer um, por qualquer coisa. É fato! Para esses eleitores o que interessa é a satisfação de algo imediato. Não existe a responsabilidade do voto em prol da coletividade. E o resultado disso nós já sabemos.

Esta reflexão pode até confrontar a esperança de muitos, mas que sirva de alerta para os desavisados, colaboradores do grande mal que essa casta tem produzido contra uma população exposta e indefesa.

São tantos os “salvadores da pátria amada”, experimentados e novatos, todos com a mesma gana, o velho discurso e a mesma má intenção.

O povo precisa apenas de duas armas letais para exterminar essa matilha: civismo e vergonha na cara.

Com a colaboração de João Francisco Neto.







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