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Existe uma casta abundantemente comum de político que, ao se candidatar,
vira outra pessoa: de uma hora para a outra, passa a cumprimentar todo mundo,
interessa-se pelos problemas dos mais humildes, dedica atenção a todos, sejam
ricos ou pobres, olha nos olhos e procura transmitir cordialidade, sinceridade e
piriri, pororó. Pessoas
costumeiramente fechadas – algumas até arrogantes e antipáticas – como num
passe de mágica, quando se candidatam, transformam-se em simpáticas e
atenciosas figuras, acessíveis a todos. Porém, passada a eleição tudo volta ao normal.
Principalmente diante de uma derrota, o lobo rapidamente tira a pele de
cordeiro e volta ao seu estado de natureza.
Por conta disso, o interesse do povo volta ao status quo, até que sobrevenha nova
campanha eleitoral, em que o oportunismo de plantão fará com que as esperanças do
povo sejam renovadas, com as conhecidas e manjadas promessas que eles bem sabem
nunca sairão do papel.
Como o povo, além de boa-fé, tem a memória
curta, muitos desses oportunistas voltarão e, com um discurso recauchutado,
repetirão a cantilena do velho roteiro previamente traçado, em que a ordem é
transmitir sinceridade e esperança, e prometer progresso, geração de empregos,
boas escolas, saúde, etc.
Considero Coelho Neto um município hospitaleiro
desse tipo astuto. Acompanho com muita preocupação nas redes sociais a
veiculação de publicações exaltando esses “oportunistas”, mesmo distante ainda
do período eleitoral. Isto, a meu ver, funciona como uma espécie de construção
da estrada da mentira e da enganação.
Superlativamente preocupante é a excitabilidade
do eleitorado coelhonetense. Muitos eleitores não valorizam os passos para
chegarem até a urna eletrônica. Votam em qualquer um, por qualquer coisa. É
fato! Para esses eleitores o que interessa é a satisfação de algo imediato. Não
existe a responsabilidade do voto em prol da coletividade. E o resultado disso
nós já sabemos.
Esta reflexão pode até confrontar a esperança
de muitos, mas que sirva de alerta para os desavisados, colaboradores do grande
mal que essa casta tem produzido contra uma população exposta e indefesa.
São tantos os “salvadores da pátria amada”,
experimentados e novatos, todos com a mesma gana, o velho discurso e a
mesma má intenção.
O povo precisa apenas de duas armas letais para
exterminar essa matilha: civismo e vergonha na cara.
Com a colaboração de João Francisco Neto.
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