Contudo, a inoperância do setor pode ser o maior problema que a população enfrenta.
A partir da utilização de poços
artesianos, foi implantando no município, na metade dos anos de 1970, uma espécie de sistema simplificado de abastecimento
de água, para garantir à elite coelhonetense a comodidade de se ter água encanada em casa. O Sistema de Autônomo de Água e Esgoto - SAAE, só foi criado em 1998, embora essa autonomia ainda não tenha saído do papel por falta de regulamentação da Lei.
Durante esse período de mudanças, a rede
de abastecimento foi sendo ampliada mesmo não tendo sofrido alterações necessárias para acompanhar o
desenvolvimento da cidade.
Como consequência desse atraso, a estrutura atual possui
sérios problemas. A maior parte dela é composta por
canalizações e reservatórios bem antigos, o que gera enormes perdas de água e
torna o abastecimento ineficiente. Em resumo, o município tem uma estrutura
desorganizada!
Os reservatórios, muitos ainda
provenientes do primeiro sistema de abastecimento implantado, se encontram em péssimo
estado de conservação. Pior é que o setor, atualmente sob a direção do servidor
Francisco Doroteu, não apresentou ainda à população nenhum diagnóstico mostrando
os problemas da estrutura.
Assim, a “olho nu”, é possível perceber
vazamentos, ausência de válvula, boias, problemas nas bombas, acesso restrito,
capacidade insuficiente, estrutura ruim, terreno sujo, falta de isolamento e
ausência de impermeabilização. Além do mais, muitos dos poços do sistema foram construídos em locais baixos, sem qualquer proteção que impeça a infiltração de água da chuva, o que compromete a qualidade do líquido que é distribuído à população.
Infelizmente, essa situação não é vista pelo órgão municipal do Meio Ambiente como assunto também da sua alçada, o qual, deveria agir solidariamente para garantir a qualidade da água e do serviço de distribuição.
Riscos de desabamentos
Moradores vizinhos aos reservatórios
dos Bairros Bela Vista e Santana convivem com o medo de que os esqueletos das
caixas d’água desabem a qualquer momento sobre suas casas. As pilastras de
sustentação estão deterioradas, com as ferragens expostas e enferrujadas.
Segundo um funcionário do SAAE, que
optou por não ser identificado, os reservatórios desses bairros já foram desativados. Por conta disso, o abastecimento estaria sendo feito através do
bombeamento direto para a rede adutora. Isto significa que a qualquer
momento as bombas poderão entrar em pane e os moradores daqueles setores ficarem sem
água nas torneiras.
O que mais preocupa as pessoas é a
falta de compromisso da gestão. Elas reclamam que o poder público poderia pelo
menos demolir esses reservatórios para diminuir os riscos que elas
correm.
O blog foi informado por moradores da zona rural que a situação do abastecimento de várias localidades estão também em situação de risco. Além da infiltração nos poços, existe o risco constante de choque elétrico por conta das gambiarras. Outra atenuante é o lamaçal, provocado pela presença constante de porcos nas proximidades das instalações dos sistemas simplificados.
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