MA: PROFESSORES DE DUQUE BACELAR REJEITAM PROPOSTA DA PREFEITURA QUE INSISTE EM NÃO PAGAR O REAJUSTE DO PISO DE 2022.

Na reunião com os sindicatos, o prefeito Flávio Furtado/PDT apresentou uma proposta de mais 2% de reajuste, prontamente rejeitada pela categoria.

A proposta foi considerada muito aquém da que os professores esperavam ouvir e não precisou nem ser colocada em votação para ser rejeitada. Tudo isso aconteceu na sede do SINPROSEM, no início da noite desta terça-feira (22). Esta foi a segunda proposta de reajuste salarial da  prefeitura de Duque Bacelar, apresentada verbalmente pelo prefeito Flávio Furtado, e que teve a negativa imediata dos presidentes Professor Iran (SINPROSEM) e Professor Oberdan Lopes (SINTASP).

A proposta ainda não atende às reivindicações da categoria para o cumprimento da lei do Piso Nacional de 2022, o que levou o presidente do SINPROSEM-DB, Professor Iran, afirmar que Flávio Furtado estaria virando as costas aos mais de duzentos professores do município, numa mudança de postura muito contrária da que ele teve em 2004 quando defendia a valorização da categoria.

A prefeitura tem se negado a entender a necessidade dos profissionais da educação que já estão sem correção do piso há dois anos e insiste no descumprimento da lei. Professor Iran acrescentou que o prefeito estaria contribuindo também para o aumento do estresse da categoria ao comprar o que chamou de "briga gratuita" com os professores.

Ele lamentou ainda que Flávio Furtado, desde que assumiu o mandato, tenha agido para prejudicar a classe, e citou como exemplo, a tentativa de barrar o pagamento de 1/3 de férias, causa que o sindicato teve homologada pela justiça a favor dos professores.

Nesse termômetro e nesse tom, os professores decidiram manter a luta pelo pagamento dos 33,24%.

A proposta do prefeito de pagar mais 2% só chegaria a 20% , portanto, 13,24% menor que o reajuste nacional.

A Primeira Dama, professora Gilmara Kilma, que teria demonstrado apoio à luta dos professores, em um grupo de WhatsApp, cumpriu a palavra e não compareceu à reunião nem à assembleia. Um pouco mais cedo, ela teria dito ao prefeito que só compareceria se fosse para ouvir o anúncio dos 33,24%.

Nas próximas horas, os sindicatos vão definir um Plano de Ação que vai nortear a continuidade da luta pelo reajuste integral. Devido a irredutibilidade da prefeitura, eles podem invocar a lei de greve a qualquer momento.